Qualquer que seja o desfecho da Operação Carne Fraca, que investiga irregularidades em frigoríficos brasileiros, o dano às marcas envolvidas no noticiário de ontem está feito, na opinião de especialistas em marcas e marketing consultados pelo Estado. Para evitar problemas maiores, a ordem às empresas - em especial às líderes BRF (dona de Sadia e Perdigão) e JBS (Friboi e Seara) -, é dar explicações convincentes ao consumidor.
Tanto BRF quanto JBS buscam agir rapidamente para controlar danos. As empresas divulgaram comunicados, tanto em TV aberta quanto em outras mídias, como jornais, revistas e internet, para dizer aos consumidores que têm confiança em seus processos industriais.
A BRF afirma, em seus anúncios, que "não compactua com nada que coloca em risco sua credibilidade e alta reputação".
Imagem. Como os frigoríficos investem em garotos-propaganda famosos, há também a questão de como a imagem de uma empresa pode afetar a celebridade que a endossa - a lista da JBS já incluiu um contrato milionário com o cantor Roberto Carlos.
Ontem, o ator Tony Ramos, que faz comerciais da Friboi, disse: "Fui surpreendido pela notícia, mas é preciso esperar as investigações. Se concluírem que está tudo em ordem, posso fazer novos filmes (publicitários). Se realmente houver irregularidade, minha posição será outra, claro." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(DiáriodoBrasil)
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