sexta-feira, 3 de março de 2017

PF deflagra 2ª fase da operação que investiga desvios na UFPR. Nesta fase o alvo da investigação é o núcleo de pessoas que agia para desviar recursos a título de bolsas da universidade

INVESTIGAÇÃO NA UFPR
 
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira, a  segunda fase da Operação Research, que investiga desvios de recursos da ordem de R$ 7,3 milhões da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Cerca de 50 policiais federais cumprem 19 mandados judiciais, sendo seis de busca e apreensão; cinco de prisão temporária e oito de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para a delegacia e depois é liberada.

A operação ocorre em quatro cidades: Curitiba, no Paraná; Campo Grande, em Mato Grosso do Sul; Sorocaba, em São Paulo; e Erechim, no Rio Grande do Sul.

De acordo com a PF, nesta fase o alvo da investigação é o núcleo de pessoas que agia para desviar recursos a título de bolsas da universidade. Na primeira fase, realizada no dia 15 de fevereiro, 28 pessoas foram presas. O nome da operação, Research (pesquisa em inglês), é uma referência ao objetivo central das bolsas concedidas pela unidade, destinadas a estudos e pesquisas pelos contemplados.

Na primeira fase, a PF informou que, ao longo das investigações, foram reunidos indícios concretos da realização de fraudes em pagamentos a título de auxílio a pesquisadores, bolsas de estudo no Brasil e no exterior a pessoas que não eram professor, servidor ou aluno da UFPR, inclusive beneficiários do Bolsa Família e de outros programas sociais do governo.

Foi detectada a participação de ao menos dois funcionários públicos federais nas fraudes – ambos foram presos. Entre os beneficiários dos desvios estão um dono de salão de beleza, um motorista, um cozinheiro e uma assistente administrativa que, segundo a PF, não possuem curso superior. Os valores das bolsas fraudadas chegaram a 24 mil reais ao mês. Um aluno pesquisador da universidade chega a receber 5 mil reais de auxílio.

A UFPR tem entre seus docentes o juiz federal Sergio Moro, que leciona direito penal e processual penal na instituição desde 2007. Atualmente, Moro está licenciado devido à Operação Lava Jato.

(com Agência Brasil)

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