O Tribunal Regional Federal pediu e a Polícia Federal atendeu. Será montado um esquema especial de policiamento para evitar tumultos no depoimento de Lula para o juiz Sérgio Moro, marcado para o próximo dia 3 de maio. A avaliação é de que as evidências contra Lula e o PT são esmagadoras, as condenações inevitáveis e o único recurso que resta a Lula é apostar no tumulto e na tentativa de transformar o ex-presidente corrupto em uma “vítima”. Os petistas podem unir suas forças cambaleantes para tentar tumultuar a passagem de Lula por Curitiba. O tema do encontro de Moro com Lula vai ser o tríplex do Guarujá. O dia 3 de maio, data definida pela justiça para que o petista preste depoimento no processo em que é acusado de ocultar ser o real proprietário de um tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo.
No início de 2016, a Polícia
Federal deflagrou a 22ª fase da Lava Jato, batizada de Triplo X, e que
investigava a atuação casada entre a offshore Murray, criada pela
empresa Mossack Fonseca no Panamá, e a empreiteira OAS. As suspeitas são
de que imóveis no condomínio Solaris, onde fica o tríplex atribuído a
Lula, tenham sido utilizados para camuflar o pagamento de propina do
escândalo do petrolão. Reportagem de VEJA de 2015 já havia revelado que,
depois de um pedido feito por Lula ao então presidente da OAS, Léo
Pinheiro, a empreiteira assumiu a construção de prédios da cooperativa. O
favor garantiu a conclusão das obras nos apartamentos do ex-tesoureiro
do PT João Vaccari Neto, enquanto outros cooperativados ainda aguardam –
e brigam na justiça – para conseguir receber seus imóveis.
Lula é réu na Operação Lava-Jato
e seu depoimento a Moro está agendado para as 14 horas do dia 3 de
maio. Segundo as investigadores da Lava Jato, o ex-presidente recebeu,
apenas no caso relacionado ao tríplex, benesses de 3,7 milhões de reais
“oriundas do caixa geral de propinas da OAS com o PT”. Como ele é alvo
de outras apurações no petrolão, incluindo os nebulosos pagamentos por
palestras, por meio da L.I.L.S. Palestras, Eventos e Participações, as
vantagens indevidas devem ser confirmadas em escala exponencial. Dos
cerca de 55 milhões de reais que o Instituto Lula e a L.I.L.S. receberam
de empresas, mais de 30 milhões de reais foram repassados diretamente
por empreiteiras enroladas com o escândalo na Petrobras.
(JornaldoPaís.com.br)
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