DITADOR ABUSADO
Kim Jong-un, o "líder-supremo" da Coreia do Norte (Damir Sagolj/Reuters)
A Coreia do Norte
rejeitou neste domingo de maneira taxativa as últimas sanções
econômicas adotadas pelo Conselho de Segurança da ONU contra o regime de
Kim Jong-un pelo seu programa balístico e nuclear, e afirmou que
seguirá com seu desenvolvimento.
A resolução das sanções é “um ato astuto e hostil com o
propósito de frear o desenvolvimento de forças nucleares por parte da
RPDC (República Popular Democrática da Coreia) desarmando e causando
asfixia econômica”, afirmou um porta-voz do Ministério de Exteriores em
comunicado divulgado pela agência estatal KCNA.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou na sexta-feira uma
resolução que amplia as sanções econômicas impostas à Coreia do Norte
pelo seu programa balístico e nuclear, que vem se intensificando apesar
das advertências das Nações Unidas. A resolução, que estava sendo
impulsionada nas últimas semanas pelos Estados Unidos e China, foi
aprovada por unanimidade pelos quinze membros do Conselho de Segurança.
“É um erro de cálculo fatal se os países que intervieram no
marco da resolução de sanções pensam que podem atrasar ou paralisar nem
que seja por um momento o desenvolvimento das forças nucleares da RPDC”,
diz o comunicado publicado neste domingo. O regime norte-coreano
adverte aos assinantes da resolução que “verão claramente que o seu ato
mesquinho e indiscreto irá em direção oposta ao que querem”.
O porta-voz do Ministério de Exteriores apontou que o
desenvolvimento nuclear do país é “um exercício natural de soberania em
resposta à hostilidade dos Estados Unidos que procura assegurar a paz e a
segurança na Península da Coreia “.
O texto aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU amplia a
mais catorze indivíduos e quatro empresas ou instituições as sanções
econômicas impostas previamente ao regime de Pyongyang por causa dos
testes para o desenvolvimento do seu programa atômico, que vem
realizando há uma década.
O conselho pediu que a Coreia do Norte “abandone todas as
armas nucleares e os programas nucleares existentes de maneira completa,
verificável e irreversível, e ponha fim de imediato às atividades
relacionadas”.
Em 29 de maio, o Exército norte-coreano realizou os seus últimos testes de mísseis, o nono lançamento neste ano.
(Com EFE)
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