sábado, 3 de junho de 2017

Janot e a Corte: d’aprés moi, le deluge

BRASIL, POLÍTICA
 kanio

E assim vai a Justiça brasileira, ao sabor da mídia, tocando sua harpa no incêndio que consome o a democracia brasileira e que, na falta dela, sabemos bem o que irá deixar.

Depois de terem conduzido ao poder, com o impeachment, alguém que, em condições normais, jamais chegaria lá, agora partem não só para sua destruição como para de todas as estruturas políticas brasileiras.

A turma da extrema direita regojiza-se diante das informações publicadas na revista Piauí de que, antes de deixar a Procuradoria geral da República, em três meses, Rodrigo Janot estaria disposto a um sprint final detonando inquéritos em todas as direções.

O saldo de tudo isso são empresários, com multas ou  penas mais ou menos brandas, mas todos – ou quase todos – ricos e soltos, uma economia em ruínas, zero de moralização dos negócios públicos – ou não rodariam malas a granel – e uma situação político-institucional de republiqueta do Caribe nos anos 30.

E, quando Janot deixar a Procuradoria, em lugar da continuidade de um procurador independente, vamos ter alguém escolhido  – se Temer não sair antes – a dedo podre, que não será indicado e menos ainda aprovado pelo Senado se não for com a missão de secar a inundação de seu antecessor, uma espécie de madame de Pompadour, com o seu d’aprés nous, le déluge.


(Por

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