BRASIL, POLÍTICA
Vem chumbo grosso (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Sérgio Zveiter entrou para a galeria de
traidores de Michel Temer ao apresentar na CCJ da Câmara o parecer
sugerindo a aceitação da denúncia contra o presidente.
Ato contínuo, peemedebistas passaram a defender a expulsão
do carioca do partido. Mas o PMDB não é uma legenda convencional.
Internamente, avalia-se que a medida o vitimizaria.
Carlos Marun e outros deputados da sigla – alguns ocupantes
de cadeiras importantes – arquitetam algo bem mais destruidor para
Zveiter, que certamente ganhou votos ao tentar atirar Temer aos leões,
apesar de seu relatório ter sido derrotado na CCJ.
O plano é procurar Sérgio Cabral e pedir a ele para
preparar, de dentro da cadeia, uma mensagem dizendo que sempre teve
Zveiter na mais alta conta e que o considera um dos seus homens de
confiança.
Ninguém sabe, porém, qual seria a disposição de Cabral em
atender a um pleito dos correligionários, já que o ex-governador cultiva
uma mágoa gigantesca de parte deles.
O sonho dourado dessa turma é fazer um vídeo de Cabral
elogiando o deputado, que foi seu secretário, mas dificilmente haverá
autorização para gravá-lo na penitenciária.
O objetivo da arapuca, obviamente, é arruinar o capital
político de Zveiter, recém-conquistado com o parecer contra Temer, e
atacar a honra do parlamentar. Afinal, quem no Rio apoia um homem de
confiança de Cabral?
De quebra, em outra frente, o PMDB vai substitui-lo na CCJ.
Agora, Zveiter terá a oportunidade de conhecer o verdadeiro DNA
peemedebista.
(Por
Gabriel Mascarenhas/Radar On-line)
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