AUMENTO DA GASOLINA
Em nota divulgada nesta quinta-feira (20), os
ministérios da Fazenda e do Planejamento informaram que o PIS/Cofins que
incide sobre a gasolina vai dobrar, de R$ 0,38 por litro para R$ 0,79
por litro. Com isso, o litro do combustível poderá ficar até R$ 0,41
mais caro nas bombas.
As novas alíquotas serão publicadas na edição
desta sexta (21) do Diário Oficial da União. Os aumentos passarão a
vigorar a partir de então.
O PIS/Cofins pago pelo distribuidor de etanol,
hoje zerado, vai a R$ 0,19.O litro do diesel poderá ficar R$ 0,21 mais
caro, já que alíquota subirá de R$ 0,24 para R$ 0,46.
O governo informou que espera arrecadar R$ 10,4 bilhões neste ano com o aumento de imposto.
Além disso, o Ministério da Fazenda informou que vai bloquear mais R$ 5,9 bilhões em despesas do Orçamento.
O aumento de impostos e o bloqueio extra ocorrem em um momento em que o governo enfrenta dificuldades em obter receitas.
A recuperação da economia é lenta, o que afeta a arrecadação de
impostos, e projetos importantes no Congresso, como o Refis e a
reoneração da folha de pagamentos, estão emperrados no Congresso
Nacional.
ATRASO NO CRONOGRAMA
A previsão inicial era que o governo anunciasse a elevação do
PIS/Cofins nesta quinta (20), antes da viagem do presidente Michel Temer
e do ministro Henrique Meirelles (Fazenda) à Argentina.
Mas o cronograma acabou sendo atrasado porque a equipe técnica teve
que refazer cálculos, para incorporar alíquota superior ao que previam
inicialmente.Os ministros Meirelles e Dyogo Oliveira (Planejamento)
selaram o aumento em almoço com Temer nesta quinta no Palácio do
Planalto.
Meirelles afirmou mais cedo nesta quinta que o aumento do tributo é
necessário para elevar as receitas do governo, que vêm diminuindo em
razão da recessão. "Houve queda da arrecadação, pelo resultado das
empresas e também do setor financeiro, que refletiram os prejuízos
acumulados nos últimos dois anos que estão sendo amortizados neste ano",
disse. "Existem medidas de ajuste, fazendo com que o mais importante
seja preservado".
A meta oficial é chegar ao fim do ano com deficit de R$ 139 bilhões.
( POR Folhapress)
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