segunda-feira, 17 de julho de 2017

Venezuela: em plebiscito, 98% rejeitam constituinte de Maduro. Eleição não é reconhecida pelo poder eleitoral do país

NA TERRA DO DITADOR
 Pessoas depositam voto em urna durante plebiscito que vota contra o presidente Nicolas Maduro, em Caracas, na Venezuela
 Pessoas depositam voto em urna durante plebiscito que vota contra o presidente Nicolas Maduro, em Caracas, na Venezuela - 16/07/2017 (Marco Bello/Reuters)
 Manifestante bate em panela durante protesto contra o governo de Nicolás Maduro, na Venzuela - 25/02/2014

Os resultados da consulta popular realizada no domingo na Venezuela mostram que 98,4% dos participantes (6.387.854 pessoas) que votaram rejeitam a formação da Assembleia Nacional Constituinte promovida pelo presidente, Nicolás Maduro, para mudar a Constituição.

O reitor da Universidade Pedagógica Experimental Libertador (UPEL), Raúl López, que faz parte da comissão “de fiadores” deste plebiscito opositor, disse que pelo menos 98% dos participantes votam “sim” pela rejeição da assembleia constituinte.

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Julio Borges, disse no domingo que o fato de que a oposição tenha conseguido mais de 6 milhões de votos a favor da sua proposta no plebiscito contra o Governo deixa o presidente do país, Nicolás Maduro, praticamente “revogado”.

“Com os votos do povo venezuelano matematicamente Nicolás Maduro está revogado no dia de hoje, esse era o medo que tinha do plebiscito revogatório e por isso se impediu, por isso o Governo não quer fazer eleições nunca mais”, disse Borges após conhecer os resultados eleitorais.

O opositor assegurou que a denominada consulta popular aconteceu “com total beleza e confiança” e que os venezuelanos contaram com menos centros de votação do que em qualquer outra disputa nacional.

“No entanto, o povo superou todos os obstáculos, não somente o de haver menos lugares para votar, mas também superou o medo, superou a violência, superou as ameaças do Governo aos funcionários públicos, às pessoas que recebem programas sociais”, afirmou Borges.

(Com EFE)

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