Um dos chefes de uma facção criminosa que disputa o domínio do tráfico
de drogas no Rio Grande do Norte foi assassinado na noite deste domingo
(6). Eduardo Rodrigues, mais conhecido como Eduardinho do Mosquito,
levou vários tiros e morreu dentro de um carro na BR-101 Norte, quando
passava pela rotatória de acesso à cidade de Extremoz, na Grande Natal.
A namorada de Eduardo, que também estava no veículo, ficou ferida no braço. Eduardinho era irmão do traficante ‘Joel do Mosquito’, que foi encontrado morto em outubro de 2015 dentro da Cadeia Pública de Natal.
Segundo a Polícia Civil, Eduardo havia ido a Favela do Mosquito,
comunidade carente do bairro das Quintas, na Zona Oeste de Natal, para
visitar a mãe dele, que está doente. Na volta para casa, ao passar pela
rotatória, um automóvel se aproximou e emparelhou com o carro que era
dirigido pela namorada de Eduardo. Mais de 20 tiros atingiram o veículo.
Eduardo morreu na hora. A namorada dele, que foi atingida de raspão no
braço, foi socorrida e passa bem.
Eduardinho cumpria prisão em regime domiciliar desde o final de
janeiro. Ele deixou a Penitenciária Estadual de Alcaçuz em meio a uma guerra de facções que vitimou 26 detentos.
Delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Marcos Vinícius disse ao G1 que
Eduardinho vinha sofrendo ameaças desde aquela época, quando ainda
estava em Alcaçuz. “Depois da matança, presos gravaram vídeos nos quais
citavam o nome de Eduardinho, dizendo que ele seria o próximo a morrer”,
revelou. Por este motivo, a polícia também o investigava como provável
participante do massacre.
Citronela
Eduardo Rodrigues havia sido preso em setembro de 2015 durante a
operação Citronela, deflagrada pelo Ministério Público. Joel Rodrigues
da Silva, o Joel do Mosquito, também foi preso na ação.
Outros 23
mandados de busca e apreensão foram cumpridos. “Ao longo da investigação
ficou comprovado que os criminosos eram responsáveis pela gestão de um
elevado patrimônio, avaliado em mais de R$ 2 milhões,
composto por automóveis de luxo, apartamentos, terrenos em condomínios
de praias e em outros locais de alta valorização imobiliária, uma
empresa de construção civil, dois salões de beleza e cafeteria em área
nobre da capital”, afirmou o MP.
( Por Anderson Barbosa, G1 RN)
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