terça-feira, 15 de agosto de 2017

“Não é o momento de vacilações”, diz Moro em defesa da Lava Jato. Juiz também criticou a proposta de reforma política que implementa o "distritão" e cria um fundo bilionário para financiar campanhas com verba pública

BRASIL, POLÍTICA
 Sergio Moro fala em evento da Rádio Joven Pam, em São Paulo
 Sergio Moro fala em evento da Rádio Joven Pam, em São Paulo (Heitor Feitosa/VEJA.com)


O juiz Sergio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato na primeira instância em Curitiba, afirmou nesta terça-feira que este “não é um momento de vacilações” e que se preocupa com retrocessos que podem vir da falta de vontade política dos poderes Executivo e Legislativo em enfrentar a corrupção.

Moro também defendeu a manutenção do efetivo da Polícia Federal para que a Operação Lava Jato continue a todo vapor. Nos últimos meses, integrantes da força-tarefa de Curitiba foram remanejados para outros postos, a equipe foi reduzida e houve um contingenciamento no orçamento destinado à corporação como um todo.

“Não é o momento de vacilações para chegar a esse caso [a Lava Jato] até o final. Valeria a pena ter um efetivo maior”, disse Moro, em evento organizado pela Rádio Jovem Pan em um hotel no centro de São Paulo. O juiz explicou que o combate à corrupção não dispende tantos gastos e que compensa diante dos valores devolvidos à Justiça.

O magistrado fez críticas às propostas de reforma política em discussão no Congresso, como a criação do fundo bilionário para financiar campanhas com verba pública e a implementação do sistema conhecido como distritão. “Com todo respeito ao Parlamento, essa reforma política não é uma verdadeira reforma política. Tem que ser pensada de maneira diferente para se enfrentar esse problema”, afirmou.

Moro ressaltou que é preciso ter integridade para que o combate à corrupção não seja feito de maneira seletiva. “É importante que haja uma agenda suprapartidária. Quando começa a se discutir que corrupção é coisa de esquerda, é coisa de direita, você está fazendo jogo político”, disse Moro, terminando com um apelo para que a sociedade civil “force” o Congresso a emplacar esse tipo de agenda.

O juiz foi bastante aplaudido pela plateia formada em sua maioria por advogados, promotores, empresários, jornalistas e representantes da Polícia Militar e Civil do Estado de São Paulo. Também havia um grupo de tietes de Moro devidamente uniformizadas com camisetas de apoio à Lava Jato que compareceu ao evento só para vê-lo.

O magistrado fez críticas às propostas de reforma política em discussão no Congresso, como a criação do fundo bilionário para financiar campanhas com verba pública e a implementação do sistema conhecido como distritão. “Com todo respeito ao Parlamento, essa reforma política não é uma verdadeira reforma política. Tem que ser pensada de maneira diferente para se enfrentar esse problema”, afirmou.

Moro ressaltou que é preciso ter integridade para que o combate à corrupção não seja feito de maneira seletiva. “É importante que haja uma agenda suprapartidária. Quando começa a se discutir que corrupção é coisa de esquerda, é coisa de direita, você está fazendo jogo político”, disse Moro, terminando com um apelo para que a sociedade civil “force” o Congresso a emplacar esse tipo de agenda.

O juiz foi bastante aplaudido pela plateia formada em sua maioria por advogados, promotores, empresários, jornalistas e representantes da Polícia Militar e Civil do Estado de São Paulo. Também havia um grupo de tietes de Moro devidamente uniformizadas com camisetas de apoio à Lava Jato que compareceu ao evento só para vê-lo.

(Veja.Abril.com.br)

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