sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Joesley Batista é transferido para São Paulo. Com prisão por tempo indeterminado por obstruir investigações, empresário participará de audiência em outro processo, no qual é acusado de crime financeiro

BRASIL, POLÍTICA
 O empresário Joesley Batista, da JBS
 O empresário Joesley Batista, da JBS, chega na área de embarque da aviação executiva no aeroporto de Brasília - 07/09/2017 (Adriano Machado/Reuters)


O empresário Joesley Batista foi transferido pela Polícia Federal para São Paulo na manhã desta sexta-feira. A razão do translado, informa a PF, é uma audiência de custódia de Joesley com o juiz federal João Batista Gonçalves, responsável pela Operação Tendão de Aquiles, que prendeu o irmão dele, Wesley Batista, na quarta-feira. Joesley também foi alvo de prisão nessa investigação, mas já se encontrava detido desde domingo em outro processo.

Os sócios da JBS são acusados de insider trading, definição para o uso de informações privilegiadas com o intuito de conseguir lucro no mercado financeiro. Segundo as investigações, os irmãos teriam se beneficiado do fato de estarem negociando um acordo de delação premiada para se beneficiarem com a comercialização de ações da empresa.

O outro mandado de prisão que atinge Joesley, relacionado à obstrução de Justiça das investigações sobre possíveis fraudes em sua delação premiada, foi convertido pelo relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, de temporário em preventivo. Portanto, sem prazo estipulado para se encerrar, passando a depender do desenrolar das investigações.

Fachin tomou a mesma posição a respeito do diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, que também foi preso no último final de semana e seria solto nesta sexta-feira se não houvesse outra decisão sobre a sua prisão. Saud foi encaminhado ao Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

Dois em um

O avião da Polícia Federal que trouxe o sócio da JBS à capital paulista vai ser utilizado para transportar outro investigado por corrupção. A aeronave aproveitará o caminho até São Paulo e irá a Curitiba buscar o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que vai a Brasília para depor em um processo do qual é acusado na capital federal. Cunha ficará na Superintendência Regional da PF no Distrito Federal.

Com a concordância do juiz federal Sergio Moro, titular da ação pela qual o ex-deputado está preso na capital paranaense, o magistrado Vallisney de Souza Oliveira autorizou que Cunha pudesse viajar para prestar depoimento. O ex-presidente da Câmara gostaria de ser transferido definitivamente para Brasília mas, a princípio, a mudança terá validade só até o próximo dia 26, prazo para que ele seja ouvido.

(Veja.Abril.com.br)

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