segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Atentado com caminhão-bomba na Somália deixa 137 mortos. O ataque com caminhão-bomba aconteceu no sábado à tarde em um cruzamento movimentado do distrito comercial de Mogadíscio

TRAGÉDIA
 
 A explosão ocorreu fora do Safari Hotel, um local conhecido mas que não costuma ser usado por autoridades do governo
Somália - Ao menos 137 pessoas morreram e 300 ficaram feridas no atentado com um caminhão-bomba no sábado em Mogadíscio, capital da Somália, informou neste domingo a polícia. 

"Recebemos diferentes números dos centros médicos, mas até o momento confirmamos 137 mortos, em sua maioria carbonizados, a um ponto que são irreconhecíveis", disse o comandante policial Ibrahim Mohamed. 


"O balanço de mortos pode aumentar porque há mais de 300 feridos, alguns deles em estado grave", completou o policial.

"É muito difícil ter um número preciso porque os corpos dos mortos foram levados para diferentes centros médicos, e alguns foram retirados diretamente por seus parentes para o enterro", disse Mohamed, que considera este o "pior atentado" na história da Somália.

"O que vi nos hospitais que visitei é indescritível. Continuamos encontrando corpos e peço a todos que ajudem. As pessoas estão em uma situação difícil", declarou o prefeito de Mogadíscio, Tabid Abdi Mohamed.

O ataque com caminhão-bomba aconteceu no sábado à tarde em um cruzamento movimentado do distrito comercial de Hodan, que abriga muitas empresas e hotéis. Nenhum grupo reivindicou o ataque até o momento, mas os rebeldes shebab, embrião da Al-Qaeda, executam com frequência ataques suicidas na capital e em outras cidades em sua luta contra o governo somali, que é respaldado pela comunidade internacional.

Os shebab querem derrubar o frágil governo central somali, apoiado pela comunidade internacional e por 22.000 soldados da União Africana (UA).

Eles foram foram expulsos da capital da Somália há seis anos por tropas somalis e da UA. Com o passar dos anos perderam o controle das principais localidades do sul da Somália.

Mas os rebeldes continuam controlando as zonas rurais e executam ataques contra os militares, o governo e alvos civis, assim como ataques terroristas no Quênia.


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