TERROR EM LAS VEGAS
Uma sobrevivente das mais de 500 pessoas que ficaram feridas durante o tiroteio ocorrido em 1º de outubro em Las Vegas, nos Estados Unidos, deu entrada nesta quarta-feira no primeiro processo judicial contra a MGM Mandalay Corp, matriz do hotel Mandalay Bay, de onde o atirador abriu fogo.
O processo está no nome de Paige Gasper, de
21 anos, segundo o documento da Corte do Distrito do Condado de Clark,
em Nevada. O documento indica, entre outras coisas, que o hotel Mandalay Bay foi “negligente” ao não notar todas as armas que o atirador Stephen Paddock tinha no quarto e que não fez nada quando o hóspede quebrou as janelas.
A empresa organizadora de espetáculos Live Nation Entertainment e o próprio Paddock também estão incluídos no processo. Também é citada a Slide Fire Solutions LP, uma empresa que fabrica acessórios para que uma arma semiautomática dispare com a mesma velocidade e intensidade que uma arma automática.
Paige Gasper, natural do Texas e residente
na cidade californiana de Wheatland, sofreu ferimentos no peito e já
passou por diversas cirurgias, segundo indica a conta de financiamento coletivo Gofundme criada para arrecadar fundos para sua recuperação.
Nathan Morris, um advogado de Las Vegas especializado em danos pessoais e
processos coletivos, é um dos representantes legais da jovem que pede
uma compensação de 15.000 dólares (47.550 reais) – segundo a imprensa
local – para cobrir as despesas de sua hospitalização.
Janelas quebradas são vistas no 32º andar do Mandalay Bay Resort and
Casino depois que um homem armado abriu fogo contra o público que
assistia um festival de música country em Las Vegas, no estado americano
de Nevada – 02/10/2017 (David Becker/Getty Images/AFP)
“Paige ama Las Vegas e foi ao show esperando passar um tempo
maravilhoso, o qual está acostumada a ter aqui na nossa cidade”,
declarou Morris, segundo o Review Journal. “Ela quer que
tomemos medidas para lidar com os erros de segurança que ocorreram e
acreditamos que através desta ação podemos fazer com que Las Vegas seja
tão segura como deveria ser, para que continue sendo o destino mundial
que sabemos que é”, acrescentou.
Este é o primeiro processo registrado contra o Mandalay Bay,
porém segundo especialistas provavelmente não será o último. Mais
vítimas do massacre devem tentar conseguir indenizações do hotel para
cobrir danos como despesas médicas ou deficiências causadas pela
tragédia.
(Com EFE)
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