senador Fernando Collor de Mello anunciou, em entrevista a uma rádio de Arapiraca nesta sexta-feira (19), sua pré-candidatura à Presidência da República pelo PTC, sigla da qual ele faz parte. Segundo Collor, o assunto será tratado na convenção do partido, antigo PRN, pelo qual se lançou candidato em 1989.
Durante a conversa com o radialista Isve
Cavalcante, o ex-presidente ressaltou que coloca o nome à disposição do
PTC, já que, na avaliação dele, há um vácuo entre os possíveis
concorrentes ao Palácio do Planalto, com extrema-esquerda de um lado,
representada por Lula, e extrema-direita do outro, com Jair Bolsonaro.
Fernando Collor também destacou que o
anúncio na cidade de Arapiraca tem um significado especial devido à
estima pela cidade, para a qual ele já destinou vários recursos
federais. “Fiz questão de fazer este anúncio aqui em Arapiraca, por se
tratar de uma cidade muito querida e que quero bem”, afirmou.
Ele apontou, ainda, que deve seguir com o
programa de governo já conhecido pela população. “Tenho uma vantagem em
relação a alguns candidatos porque já presidi o País. Meu partido todos
conhecem. Todos sabem o modo como eu penso e ajo para atingir os
objetivos que a população deseja para a melhoria de sua qualidade de
vida”.
Na entrevista, o senador lembrou também
os momentos difíceis pelos quais passa o Brasil. Ele lembrou a
importância da realização de reformas, principalmente a política, que
deve diminuir o número de partidos no País. A grande quantidade, na
opinião de Collor, dificulta a governabilidade.
“Alguns avanços vêm sendo atingidos, mas muitas outras reformas precisam
ser executadas, sobretudo a política, para que possamos ter um conjunto
de partidos que representem as faces ideológicas de uma sociedade. Não
podemos conviver com 38 partidos, dos quais 27 têm representação no
Congresso Nacional. Isso traz uma possibilidade de ingovernabilidade
muito grande”, expôs.
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