O ano era 2011. O mês, março. O PT acabara de eleger Dilma Rousseff. O PMDB era o sócio, representado por Michel Temer.
Recém-empossados,
presidente e vice foram aos trabalhos. Começaram a partilhar o governo.
Lotearam as estatais, os bancos públicos. Os ministérios. Tudo em nome
da governabilidade no Congresso.
Segundo O
SITE G1 A dobradinha entre Dilma e Temer levou Geddel Vieira Lima a uma
das vice-presidências da Caixa Econômica Federal. A indicação foi de
Temer. Geddel havia perdido a disputa pelo governo da Bahia em 2010.
Temer pediu a vaga responsável pelos contratos com empresas. Dilma
descolou o emprego para o amigo do vice, hoje presidente.
Temer apelou por Geddel. Dias antes da nomeação, cobrou duas vezes o então chefe da Casa Civil, Antonio Palocci (hoje preso).
Geddel
só deixou o cargo em 2013, a pedido, após anunciar publicamente que
queria sair. Dilma se irritou e decidiu demiti-lo. Ela aguardava o aval
de Temer, mas Geddel se antecipou nas redes sociais.
Hoje,
Geddel transita entre o noticiário político e o policial. Está preso. A
Polícia Federal descobriu que ele escondia R$ 51 milhões em espécie num
apartamento em Salvador.
Outra
parceria bem sucedida entre Dilma e Temer foi a nomeação de Fabio Cleto
para outra vice-presidência da Caixa. Eduardo Cunha nega, mas foi quem
emplacou o afilhado em 2011. Cleto só foi demitido em dezembro de 2015,
quando o ex-presidente da Câmara já estava às voltas com o processo de
impeachment.
Entre
2011 e 2015, o Planalto chegou a ensaiar a demissão de Cleto. Sempre
recuou para evitar problemas com o PMDB na Câmara, então liderado por
Cunha. Hoje os dois – Cunha e Cleto – estão presos, acusados de
corrupção.
Em
entrevista à GloboNews nesta semana, o atual presidente da Caixa,
Gilberto Occhi, atribuiu os problemas do banco a duas pessoas que
passaram pela Caixa e estão presas. Ele se referia a Geddel e Cleto. Os
dois foram frutos do casamento entre PT e PMDB, que já viveram momentos
de lua de mel.
(Fonte: www.noticiasbrasilonline.com.br)
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