JULGAMENTO
POR UM FIO - Lula e a tentativa de reverter a condenação: as
estatísticas mostram que menos de 5% dos réus tiveram êxito (Wilton
Junior/Estadão Conteúdo)
Às 8h30 desta quarta-feira, os olhos do Brasil vão estar
voltados para uma sala de 115 metros quadrados localizada no 3º andar da
sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre.
Ali, estará sendo escrito o que pode vir a ser o derradeiro capítulo da
biografia do ex-presidente Lula. Os três desembargadores da 8ª Turma
vão decidir se acolhem ou não o recurso do petista contra a sentença do
juiz Sergio Moro, que o condenou a nove anos e seis meses de prisão em
regime fechado. Dependendo do resultado, o ex-presidente poderá ter sua
carreira política encerrada da maneira mais melancólica possível — preso
e impedido de disputar qualquer cargo eletivo. O ex-presidente também
pode ser absolvido, e, caso isso aconteça, terá argumentos para
sustentar que é vítima de uma implacável perseguição judicial promovida
por delegados, procuradores e magistrados mal-intencionados. Qualquer
que seja a decisão, da pequena sala de Porto Alegre vai emergir uma
passagem importante da história recente do país. Afinal, Lula é o líder
das pesquisas eleitorais sobre a corrida presidencial. Na manhã do dia
24, os desembargadores João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor
Laus vão definir o futuro do ex-presidente e, em alguma medida, estarão
moldando a solidez democrática do Brasil, como mostra reportagem de VEJA
desta semana.
(Por
Laryssa Borges, Marcela Mattos/Estadão Conteúdo)
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