Brasília - A Secretaria Especial de Comunicação Social
da Presidência da República divulgou uma nota oficial, nesta
terça-feira, informando que o presidente Michel Temer determinou ao
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e ao presidente da Caixa,
Gilberto Occhi, que afastem os vice-presidentes do banco por 15 dias.
De acordo com a nota do Planalto, o prazo determinado é
para que os executivos, investigados na Lava Jato por suspeita de
corrupção, possam "apresentar ampla defesa das acusações". O
posicionamento era contrário à decisão do presidente Temer, que insistia
em manter os dirigentes no banco público para evitar conflitos com
partidos políticos que indicaram os nomes para os cargos.
O MPF deu 45 dias para que a Caixa cumpra a recomendação de retirar os executivos do comando do banco.
Em nota, a Caixa informou que serão afastados os
vice-presidentes Antônio Carlos Ferreira (Corporativo), Deusdina dos
Reis Pereira (Fundos de Governo e Loterias), José Henrique Marques da
Cruz (Clientes, Negócios e Transformação Digital) e Roberto Derziê de
Sant'Anna (Governo).
Acusações
No documento encaminhado à Caixa, os procuradores
apontaram supostas irregularidades que teriam sido mapeadas pela
investigação do Pinheiro Neto, contratado pela Caixa para uma
investigação independente, contra ao menos quatro vice-presidentes do
banco: vazamento de informações privilegiadas para políticos sobre
andamento de pedidos de empréstimos, negociação de cargo em estatal como
moeda de troca para liberação de crédito e pedidos para atender a
"demandas" de políticos como garantia para a manutenção da vaga de
vice-presidente.
(Por
Estadão Conteúdo)
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