BRASIL, POLÍTICA
O senador Magno Malta (PR-ES) (Foto: Moreira Mariz/Agência Senado)
O senador evangélico Magno Malta (PR-ES) acionou a
Justiça contra o padre de uma paróquia de Boa Esperança, no interior do
Espírito Santo. O parlamentar afirma que o pároco Romário Hastenreitter o
xingou de vagabundo pelo fato de ter votado a favor da reforma
trabalhista. Cotado a ser candidato a vice na chapa do deputado Jair Bolsonaro
(PSL-RJ), o senador afirma que a "ofensa a sua honra” ocorreu em julho
de 2017, durante uma entrevista concedida pelo padre a uma rádio local.
EXPRESSO
teve acesso à queixa-crime por calúnia, injúria e difamação, que corre
sob segredo de Justiça. Malta pede indenização de 40 salários mínimos, o
equivalente a R$ 37,5 mil, por danos morais. O parlamentar afirma que,
caso seja o vencedor da causa, o dinheiro será destinado a uma
instituição social.
Intimado a comparecer no fórum de Boa
Esperança na terça-feira (20) para prestar esclarecimentos, o padre
Romário é conhecido em todo o Espírito Santo por suas ações e pregações
em defesa dos direitos humanos e da luta contra o uso indiscriminado de
agrotóxico nas lavouras. É também um incentivador da participação dos
fiéis na vida política. O padre tem dito que fez críticas públicas aos
três senadores capixabas que votaram a favor da reforma e que, por isso,
“não tem nada a esconder”.
A população de Boa Esperança e
municípios vizinhos têm manifestado solidariedade ao padre e, por meio
das redes sociais, planejam promover caravanas até o fórum para apoiar o
pároco no dia da audiência.
(PatrikCamporez/Época)
Nenhum comentário:
Postar um comentário