domingo, 18 de março de 2018

Evangélico, senador capixaba processa padre por crimes contra a honra. Magno Malta afirma que foi xingado de "vagabundo" e pede para ser indenizado em 40 salários mínimos por danos morais

BRASIL, POLÍTICA
 O senador Magno Malta (PR-ES) (Foto: Moreira Mariz/Agência Senado)
 O senador Magno Malta (PR-ES) (Foto: Moreira Mariz/Agência Senado)

O senador evangélico Magno Malta (PR-ES) acionou a Justiça contra o padre de uma paróquia de Boa Esperança, no interior do Espírito Santo. O parlamentar afirma que o pároco Romário Hastenreitter o xingou de vagabundo pelo fato de ter votado a favor da reforma trabalhista. Cotado a ser candidato a vice na chapa do deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), o senador afirma que a "ofensa a sua honra” ocorreu em julho de 2017, durante uma entrevista concedida pelo padre a uma rádio local.

EXPRESSO teve acesso à queixa-crime por calúnia, injúria e difamação, que corre sob segredo de Justiça. Malta pede indenização de 40 salários mínimos, o equivalente a R$ 37,5 mil, por danos morais. O parlamentar afirma que, caso seja o vencedor da causa, o dinheiro será destinado a uma instituição social.

Intimado a comparecer no fórum de Boa Esperança na terça-feira (20) para prestar esclarecimentos, o padre Romário é conhecido em todo o Espírito Santo por suas ações e pregações em defesa dos direitos humanos e da luta contra o uso indiscriminado de agrotóxico nas lavouras. É também um incentivador da participação dos fiéis na vida política. O padre tem dito que fez críticas públicas aos três senadores capixabas que votaram a favor da reforma e que, por isso, “não tem nada a esconder”.

A população de Boa Esperança e municípios vizinhos têm manifestado solidariedade ao padre e, por meio das redes sociais, planejam promover caravanas até o fórum para apoiar o pároco no dia da audiência.

(PatrikCamporez/Época)

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