SISTEMA PRISIONAL
Juiz Henrique Baltazar durante visita a Alcaçuz em 2016 (Alberto Leandro/Portal No Ar)
O juiz Henrique Baltazar dos Santos, designado pelo Conselho Nacional de
Justiça como coordenador de fiscalização do sistema carcerário, disse
ao PORTAL NO AR que não há provas para a tortura que a professora
Juliana Melo afirma acontecer em Alcaçuz. As acusações dela, que é vista pelo magistrado como “exagerada”, foram publicadas pela revista Época.
“Ela é meio exagerada. Tem coisas que ela diz para as quais não há
prova como, por exemplo, a de que um agente teria sido feito refém este
ano em Alcaçuz. Eu não soube disso. Minha esposa é agente penitenciária e
me disse que também nunca ouviu falar”, declarou.
O juiz se refere ao trecho da declaração da professora que diz: “Em
21 de fevereiro, houve uma tentativa de rebelião no Pavilhão 5. Fizeram
um agente refém dentro de uma cela”.
O fato já foi desmentido pelo secretário de Justiça,
Luís Mauro Araújo, em entrevista ao PORTAL NO AR: “Ela falou que houve
uma rebelião em fevereiro, mas nem bate-boca costuma existir, e um
agente não entra sozinho em uma cela”.
Henrique Baltazar dos Santos explicou que já ouviu de advogados de
presos “algumas dessas coisas que a professora falou”. “Então recomendei
ao juiz Francisco Rocha, responsável pela área de Alcaçuz, para ver se
procede. Ele diz que nunca consegue provas. Tem preso que é levado para
passar pelo exame de corpo de delito, mas o Itep não acha sinais de
tortura”, pontuou.
(Por Ayrton Freire/Portal no Ar)
Nenhum comentário:
Postar um comentário