Parece
até história de filme, mas é a realidade. A americana Melissa Dohme
tinha apenas 20 anos quando viveu um de seus piores pesadelos. Ela foi
esfaqueada pelo ex-noivo, Robert Vurton, com mais de 30 golpes e foi
deixada sozinha para morrer.
“Tínhamos
nos conhecido no colégio e ele era encantador e muito engraçado, além
de extremamente gentil”, contou à BBC. O namoro engatou e o
comportamento de Robert começou a mudar assim que Melissa decidiu se
candidatar para universidades. “Ele ficou muito ciumento. Ele me
diminuía e não queria que eu tivesse sucesso”, relembra.
Arquivo Pessoal
Ao
tentar terminar o relacionamento, Melissa foi ameaçada pelo namorado
que dizia que se mataria se ela o deixasse. Tudo piorou quando ele
começou a agredi-la e em um dia de 2011, Robert havia bebido e após se
irritar com uma atitude da namorada, ele começou a espanca-la. Ela
chamou a polícia e ele chegou a ficar preso durante 10 horas.
Quando
achou que finalmente havia se livrado, Melissa recebeu uma ligação de
Robert, em 2012, pedindo para encontrá-la. Mesmo sabendo que era errado,
ela compareceu ao encontro com um spray de pimenta na esperança de ser
capaz de se defender. Assim que o viu, ela percebeu que ele possuía nas
mãos um canivete. “Ele começou a me esfaquear várias vezes. Lembro da
dor dos primeiros golpes, mas, depois, tentei reagir e mordi sua mão.
Estava dando socos nele, gritando e fazendo todo o possível, mas sempre
acabava perdendo o equilíbrio e caindo no chão, porque estava perdendo
muito sangue”.
Arquivo Pessoal
O
socorro veio de dois estranhos que ao ouvir seus gritos, chamou a
polícia. “Depois de ver eles, Robert pegou uma faca maior, com uma
lâmina de serra, e me atacou. Ele queria me matar. Ele sabia que
policiais estavam a caminho e queria terminar o serviço. Ele me deixou
caída na estrada, pensando que eu ia morrer. Apenas rezei a Deus e pedi
uma nova chance”.
Quase
inconsciente, Melissa foi levada ao hospital com ferimentos
gravíssimos. “Eu tinha fraturas no crânio, na mandíbula e no nariz. Um
nervo facial tinha se rompido, e meu rosto estava paralisado do lado
direito. Eles usaram 12 bolsas de sangue em transfusões – normalmente, o
corpo humano comporta sete. Foi um milagre eu ter sobrevivido”.
Arquivo Pessoal
Ela então decidiu que se manteria solteira, até que tudo mudou. “Em uma
de minhas palestras, em outubro de 2012, fiquei feliz ao conhecer a
equipe de emergência que salvou minha vida. Um dos bombeiros, Cameron,
convidou minha mãe e a mim para ir jantar no seu quartel na semana
seguinte. Fiquei muito animada com isso. Depois, não conseguia parar de
pensar em Cameron. Sabia que gostava dele, mas tentava ignorar isso.
Pensava: ‘Estou me sentindo assim por que ele foi um dos bombeiros que
me ajudou?’. Mas, quanto mais a gente conversava, mais eu percebia que a
gente tinha coisas em comum”.
Arquivo Pessoal
(Jornal do País)
Nenhum comentário:
Postar um comentário