"ERA DUNGA"
São Paulo, 18 (AE) - A seleção brasileira talvez tenha feito
ontem a sua pior apresentação desde o retorno de Dunga, sofreu seu
primeiro gol nesta volta dele, mas só venceu graças a uma aposta do
treinador. Com Neymar, Willian e Oscar apagados, coube ao pouco
conhecido Roberto Firmino brilhar nos últimos minutos e marcar o golaço
que selou a vitória por 2 a 1 sobre a Áustria, em amistoso realizado no
estádio Ernst-Happel, em Viena.
christian bruna/agfp
O atacante estreante, Roberto Firmino entrou no segundo tempo e acertou um chutaço de fora da área para fazer o gol da vitória
Se sofreu seu primeiro gol em seis partidas, o time de Dunga manteve os 100% de aproveitamento, chegando à sexta vitória e fechando a reta final de 2014 com chave de ouro, depois da histórica decepção na Copa do Mundo. Agora, o Brasil volta à campo somente em 2015. Em março, a seleção disputará um amistoso contra a França. Já a Áustria volta as atenções novamente para as Eliminatórias para a Eurocopa de 2016, na qual lidera o Grupo G, com 10 pontos em quatro partidas, na chave que tem também a Rússia e a Suécia.
Ontem, os homens de frente do Brasil sucumbiram à forte marcação do adversário, que aproveitou o porte físico para se impor na força. Com isso, o jogo foi morno, com poucas chances de ambos os lados. David Luiz, de cabeça, abriu o placar, Dragovic, em pênalti cometido por Oscar, empatou, mas Roberto Firmino garantiu o triunfo com um chutaço de fora da área.
A vitória também ajudou a diminuir uma polêmica que se criou durante a semana. Thiago Silva reclamou de não ter ouvido qualquer explicação por ter ido para o banco e perdido a faixa de capitão para Neymar. No entanto, o zagueiro do Paris Saint-Germain teve a chance de voltar a mostrar serviço, já que entrou aos 27 minutos, ainda no primeiro tempo, na vaga do lesionado Miranda. Nos acréscimos, Dunga tirou Neymar e o atacante entregou a faixa a Thiago Silva.
A Áustria surpreendeu a seleção brasileira no início. O time europeu abusava da força física para fazer uma marcação dura no meio de campo e impedia que o Brasil atacasse. Aos 25, Okotie aproveitou falta da direita e, de cabeça, tocou na trave, mas já estava impedido. Somente na metade final do primeiro tempo o Brasil melhorou e passou a ser mais rápida no ataque. O primeiro chute a gol saiu aos 33 minutos.
Se o primeiro tempo foi muito aquém do esperado, o segundo começou ainda mais parado. Nem austríacos nem brasileiros conseguiam escapar da marcação adversária. Mas na bola parada, a seleção de Dunga chegou ao primeiro gol. Aos 18 minutos, Oscar bateu escanteio pela direita, David Luiz deslocou o zagueiro puxando sua camisa - lance não observado pela arbitragem - e cabeceou firme para o chão, sem chance para Özcan.
Aos 25 minutos, Weimann foi para o jogo na vaga de Junuzovic e apenas três minutos depois o meia do Aston Villa mostrou serviço Ele fez boa jogada pela direita, invadiu a área e foi calçado por um carrinho desembestado de Oscar. O árbitro viu o pênalti, que Dragovic bateu com categoria no canto direito, deslocando Diego Alves, para marcar.
Se um reserva resolveu para a Áustria, não demoraria para que o mesmo acontecesse do lado brasileiro. Aos 38 minutos, Neymar tocou para Filipe Luís, que encontrou Roberto Firmino pelo meio. O atacante dominou e, rapidamente, encheu o pé de longe, da intermediária. A bola foi fugindo do goleiro, ainda tocou no travessão e morreu dentro do gol de Özcan, definindo o placar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário