VEREADOR CARIOCA
Marcelo Siciliano, investigado pela morte de Marielle Franco, desfila pela Portela (//VEJA)
Apontado por uma testemunha como um dos possíveis mandantes da morte da vereadora carioca Marielle Franco
(PSOL), o vereador Marcelo Siciliano (PHS) elogiou o samba da Mangueira
deste ano, que menciona a política assassinada em março de 2018.
Siciliano desfila pela primeira vez neste ano pela Portela. A família de
Marielle está na Marquês de Sapucaí.
“Não encontrei a família da Marielle aqui, mas eles não acreditam
nessa história. Eles mesmo disseram que querem a verdade, e não um
culpado qualquer. A verdadeira resposta desse crime vai aparecer e eu
vou voltar a ter paz, assim como a família dela. Tentaram fazer uma
covardia comigo” declarou minutos antes de desfilar com a Azul e Branco
de Madureira.
A menção ao nome de Siciliano na morte de Marielle é investigada pela
em âmbito estadual e federal. Em maio do ano passado, o jornal O Globo
revelou depoimento de uma testemunha que colocou o vereador e o
miliciano Orlando de Curicica como mandantes da morte de Marielle.
Segundo essa testemunha, a vereadora do PSOL estaria atuando para
defender os interesses de moradores da Zona Oeste do Rio, o que
prejudicaria negócios da dupla acusada na área.
Siciliano já prestou diversos depoimentos à Polícia e foi alvo de
operação de busca e apreensão. Ele não deu nomes de quem estaria por
trás de uma conspiração para desmoralizá-lo e tentar implicar seu nome
no caso Marielle. Polícia Civil e Ministério Público investigam a
possibilidade de envolvimento da milícia de Rio das Pedras , na Zona
Oeste, com a morte de Marielle, através do grupo conhecido como
“Escritório do Crime “, que estaria por trás de diversos homicídios
cometidos na cidade.
“Fazer o bem incomoda as pessoas que precisam do poder. E aí, usam
artifícios covardes para expulsar as pessoas que de alguma forma possam
incomodar. Tem espaço pra todo mundo, ninguém tira voto de ninguém”,
resumiu o vereador, em alusão a possíveis disputas eleitorais na Zona
Oeste do Rio como razão de seu envolvimento no crime.
Ronaldinho Gaúcho desfila pela escola de samba Portela – 05/03/2019 (//VEJA)
Convidado a desfilar pela diretoria da Portela, Siciliano disse que
estar na Sapucaí foi um presente para que ele relaxasse.”Ninguém evita
falar comigo aqui, todos me tratam muito bem”, disse, antes de dar um
efusivo abraço no ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e o sistema de som
anunciar o começo do desfile da Portela.
(Por
Leandro Resende, do Rio de Janeiro/Veja.com.br)
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