LAVA JATO
O ENVIADO - Aldemir Bendine: preso e acusado de receber 3 milhões de
reais em propina da Odebrecht (Wilton Junior/Estadão Conteúdo)
A manhã de quinta-feira, 27 de julho, escancarou
mais um duro capítulo para autoridades que, nos últimos anos, se
valeram de cargos e influência para arrecadar dinheiro sujo. Foi preso
na cidade de Sorocaba (SP) o ex-presidente do Banco do Brasil e
ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine, conhecido como Dida. Segundo
as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, homem de
confiança dos governos do PT, Bendine, que assumiu em 2015 o posto
máximo da estatal do petróleo com a Operação Lava-Jato funcionando à
toda força, cobrava propina desde quando atuava no BB. Na planilha da
empreiteira, tinha o apelido de “Cobra”, nome dado pelos policiais à 42ª
fase da maior investigação de corrupção da história.
Segundo os delatores Marcelo Odebrecht e Fernando Santos
Reis, entre 2014 e 2015 o executivo pediu “vantagem indevida” para atuar
em nome dos interesses da Odebrecht Ambiental. A ideia é que a propina
representasse 1% da dívida alongada da Odebrecht Ambiental perante o
Banco do Brasil e servisse para “permitir” a renegociação de um débito
da empresa junto à instituição financeira.
Na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, Bendine deve
refletir sobre a conveniência de aderir à lista de delatores da
Lava-Jato, que hoje beiram os 160. Pela proximidade de Dida com os
ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff e com o ex-ministro Guido Mantega, o
trio petista tem muito com o que se preocupar.
( Por
Thiago Bronzatto/Veja.Abril.com.br)
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