A edição
da revista IstoÉ que chega às bancas nas vésperas deste Natal traz em
detalhes as revelações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos
sobre o acordo de delação premiada da Odebrecht que também foi firmado
com as autoridades americanas. Os números são espantosos. Os sites
noticiosos anunciaram a conta-gotas o teor desse verdadeiro petardo que
espantou aos autoridades americanas. A reportagem da revista IstoÉ faz
um resumo organizado das intrincadas operações para efetivação da
roubalheira.
A entidade
norte-americana ficou impressionada com a prática criminosa da
empreiteira. Em um comunicado, o Departamento de Justiça classificou de
“maior caso de pagamento global de propina da história”. Lula, Dilma, o
PT e seus sequazes estão envolvidos nesse mega escândalo. Não é à toa
que o Brasil foi parar no fundo do poço. O mais incrível de tudo isso é
que há ainda quem defenda esses demolidores do Brasil. A seguir, a parte inicial da reportagem:
PERPLEXIDADE MUNDIAL
A
ex-presidente é descrita nos documentos americanos como a “Brazilian
Official 2”. O texto do acordo com a Odebrecht mostra que a fortuna foi
negociada pelo então presidente Lula em 2009 junto a Alexandrino
Alencar, na época diretor do grupo. Lula, identificado na papelada como
“Brazilian Official 1”, autorizou que Alexandrino acertasse com o
ministro da Fazenda Guido Mantega, que nos documentos dos EUA é
conhecido como “Brazilian Official 4”, a concessão de benesses para a
petroquímica Braskem. A empresa integra o grupo Odebrecht. Mantega,
segundo a papelada, disse que atenderia a petroquímica em troca de
propina para a campanha de Dilma. O valor negociado ficou registrado num
pedaço de papel: R$ 50 milhões. Os diretores da empresa fizeram os
repasses por meio do já proverbial “departamento de propinas” do grupo.
MEA CULPA Diretor jurídico da
Odebrecht, Adriano Juca, deixa Tribunal em Nova York, onde confessou que
a empreiteira pagou US$ 1 bi em propinas. Foto: IstoÉ
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R$ 100 MILHÕES PARA O PT
Em outro
trecho do documento, os americanos dizem que o “Brazilian Official 4”
(Mantega) negociou com a Braskem o pagamento de propinas no total de R$
100 milhões para diversos candidatos petistas em 2014, incluindo Dilma
Rousseff, candidata à reeleição. Antes de liberar os R$ 100 milhões para
o PT, a Braskem iniciou uma tentativa de convencer o governo federal em
2011 a implantar mudanças tributárias que beneficiaram o setor
petroquímico. A legislação foi apresentada no Congresso Nacional em
2013, mas enfrentou resistências dos parlamentares e acabou sendo
paralisada por causa disso. “A Braskem precisou pagar quantias
significativas para vários membros do Congresso para manter a tramitação
do projeto”, diz o documento. Depois disso, a legislação foi aprovada.
“A Braskem foi solicitada para pagar um adicional de R$ 100 milhões além
do que o Empregado da Braskem 1 havia previamente acordado com o
‘Brazilian Official 1’ (Lula) para pagar ao partido político e aos
membros do governo federal. Este acréscimo foi negociado pelo ‘Brazilian
Official 4” (Mantega) e foi pago por doações a integrantes do partido
nas eleições de 2014”, descreve o documento.
MAIOR PROPINA DO MUNDO
Os dados foram divulgados pelo
Departamento de Justiça dos Estados Unidos, órgão com o qual a Odebrecht
assinou, em conjunto com Brasil e Suíça, seu acordo de leniência –tipo
de delação premiada para empresas. A entidade norte-americana ficou
impressionada com a prática criminosa da empreiteira. Em um comunicado, o
Departamento de Justiça classificou de “maior caso de pagamento global
de propina da história”. De acordo com a documentação, houve pagamentos
de propina relacionados a mais de cem projetos da Odebrecht nesses 12
países: Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Guatemala, México,
Moçambique, Panamá, Peru, República Dominicana e Venezuela. A
documentação divulgada contém um panorama geral das revelações feitas na
delação premiada, mas não identifica os nomes dos funcionários da
Odebrecht nem dos políticos envolvidos. Suas identidades até então são
mantidas sob sigilo.
(JornaldoPaís)
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