terça-feira, 30 de julho de 2019

‘Não tinha ninguém para dar um tiro?’, diz Bolsonaro sobre morador de rua. Plácido Correa de Moura, de 44 anos, esfaqueou três pessoas na Lagoa, Zona Sul do Rio, no domingo 28; dois homens morreram

BRASIL,  POLÍTICA
 
 Jair Bolsonaro aparece cortando o cabelo em live nas redes sociais nesta tarde, 29 de julho (./Reprodução)

O presidente Jair Bolsonaro questionou, em uma transmissão ao vivo em suas redes sociais, se não havia ninguém armado para para “dar um tiro” no morador de rua acusado de esfaquear três pessoas na Lagoa, na Zona Sul do Rio, no domingo 28.

Plácido Correa de Moura, de 44 anos, abordou o carro do casal João Feliz de Carvalho Napoli e Caroline Moutinho, que estava parado em um farol, e atingiu as duas pessoas com facadas. O professor de educação física Marcelo Henrique Correa Cisneiros Reis se aproximou para prestar socorro às vítimas e também foi golpeado – e morreu no local. Napoli e Caroline foram levados para um hospital público. Ele não resistiu aos ferimentos e ela foi transferida para o Copa D’Or.

O morador de rua só parou os ataques quando foi atingido na perna por policiais que se deslocaram para a ocorrência. Moura foi levado, sob custódia, para um hospital.

“Um morador esfaqueou, executou, duas pessoas no Rio de Janeiro. Não tinha ninguém armado para dar um tiro nele? Tava drogado o cara? Tá certo. Viciado em drogas. Temos que buscar soluções para as coisas”, disse Bolsonaro, enquanto cortava seu cabelo no gabinete da Presidência da República.

 Na mesma transmissão, Bolsonaro voltou a se manifestar sobre a morte de Fernando Santa Cruz – pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz –, desaparecido durante a ditadura militar, quando atuava na Ação Popular Marxista-Leninista (APML), grupo de esquerda que combatia o regime.

De manhã, ele havia dito que “um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade”. Após repercussão negativa por parte de entidades de Justiça e direitos humanos e críticas de líderes políticos, entre eles o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), Bolsonaro afirmou que os próprios guerrilheiros resolveram “sumir com o pai do Santa Cruz” porque ele comprometeu a segurança do grupo. “Ninguém duvida que havia justiçamentos. O pessoal da própria esquerda, quando desconfiava de alguém, executava”, disse o presidente.   

(Por:Veja.com.br) 

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