ALERTA
O bafômetro passivo capta se a pessoa ingeriu alcool sem a necessidade de soprar no equipamento, gerando economia
Os novos etilômetros já em uso pela Polícia Rodoviária Federal no Rio
Grande do Norte vão agilizar a identificação de motoristas que misturam
álcool e direção. A segunda geração de 'bafômetros', tecnicamente
chamados de etilômetros passivos por não necessitar que o motorista
sopre o equipamento, detecta a presença de bebida alcoólica no organismo
em menos de cinco segundos – os testes com o modelo antigo levam de
dois a três minutos, ou seja, com a nova tecnologia será possível
acelerar o teste em até 12 vezes.
O bafômetro passivo também dispensa o uso do bocal descartável,
utilizado para coletar amostras do ar expelido pelos pulmões de
motoristas, o que representa economia e redução na produção de lixo. Em
média, cada bocal descartável compatível com o equipamento antigo custa
R$ 1,80; enquanto o bocal usado no novo modelo, que também pode
funcionar da forma convencional, sai por R$ 0,87 a unidade.
“O
novo equipamento traz muitas vantagens, principalmente nas triagens em
ações direcionadas do comando de alcoolemia (a popular blitz da lei
seca) que requer agilidade – como a realização de abordagens na saída de
um evento, por exemplo. Será possível fazer uma triagem com maior
celeridade, sem gerar tumulto no trânsito. Seu uso também é mais
confortável para o motorista submetido ao teste: com um sopro rápido,
próximo do sensor, obtemos o resultado em menos de cinco segundos”,
destacou o Núcleo de Comunicação da Superintendência da PRF no Estado.
Apesar
das características do novo equipamento, as regras permanecem: o
motorista pode se recusar a fazer o teste. Quem for flagrado dirigindo
sob efeito de álcool é multado em R$ 2.934,70, tem a Carteira Nacional
de Habilitação (CNH) recolhida e o veículo fica retido – nos casos menos
graves, outra pessoa habilitada e que não tenha ingerido álcool pode
ser chamada pelo motorista reprovado no teste do bafômetro para conduzir
o veículo.
Verde, amarelo e vermelho
Os três primeiros
etilômetros passivos, fabricados na Austrália, chegaram no início deste
mês ao RN. A tendência é que todos os equipamentos antigos sejam
substituídos, mas, por enquanto, ainda não há previsão quanto à chegada
de mais equipamentos.
De acordo com informações técnicas, o novo
modelo “tem alta sensibilidade, com capacidade de detectar a presença de
álcool no sangue” por aproximação – as cores verde, amarela e vermelha,
que aparecem no visor do aparelho, indicam se não há indícios (de
álcool no sangue), e se a concentração é considerada uma infração ou
crime de trânsito.
Porém, o teste sem o uso do bocal indica
apenas se houve (ou não) ingestão de bebidas alcoólicas. Em caso
positivo, quando surge luz amarela ou vermelha no display, será preciso
fazer o teste à moda antiga para determinar a concentração exata de
álcool no sangue.
Concentrações entre 0,05 miligrama por litro de
ar expelido e 0,33 mg/L é considerada infração sujeita a multa (R$
2.934,70), retenção do veículo e recolhimento da CNH; concentrações a
partir de 0,34 mg/L são consideradas crime de trânsito e o condutor é
conduzido para a delegacia – além de pagar fiança, ainda irá responder à
inquérito.
A Polícia Rodoviária Federal realizou 29.041 testes
com etilômetros no primeiro semestre de 2019 no Estado. Ano passado,
nesse mesmo período, foram feitas 24.276 abordagens nas rodovias
federais que cortam o RN. A média de notificações por embriaguez subiu
10% de um ano para o outro, mas a PRF registrou queda de 50% no número
de mortes em acidentes causados por embriaguez (quatro mortos em 2018
contra dois em 2019). Os acidentes nas estradas potiguares envolvendo
álcool e direção também caíram – de 33 para 25 acidentes.
(Via:TN)
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