domingo, 28 de julho de 2019

Novo bafômetro agiliza fiscalização de Embriaguêz no Trânsito

ALERTA
 O bafômetro passivo capta se a pessoa ingeriu alcool sem a necessidade de soprar no equipamento, gerando economia
 O bafômetro passivo capta se a pessoa ingeriu alcool sem a necessidade de soprar no equipamento, gerando economia 

Os novos etilômetros já em uso pela Polícia Rodoviária Federal no Rio Grande do Norte vão agilizar a identificação de motoristas que misturam álcool e direção. A segunda geração de 'bafômetros', tecnicamente chamados de etilômetros passivos por não necessitar que o motorista sopre o equipamento, detecta a presença de bebida alcoólica no organismo em menos de cinco segundos – os testes com o modelo antigo levam de dois a três minutos, ou seja, com a nova tecnologia será possível acelerar o teste em até 12 vezes.
 
O bafômetro passivo também dispensa o uso do bocal descartável, utilizado para coletar amostras do ar expelido pelos pulmões de motoristas, o que representa economia e redução na produção de lixo. Em média, cada bocal descartável compatível com o equipamento antigo custa R$ 1,80; enquanto o bocal usado no novo modelo, que também pode funcionar da forma convencional, sai por R$ 0,87 a unidade.

“O novo equipamento traz muitas vantagens, principalmente nas triagens em ações direcionadas do comando de alcoolemia (a popular blitz da lei seca) que requer agilidade – como a realização de abordagens na saída de um evento, por exemplo. Será possível fazer uma triagem com maior celeridade, sem gerar tumulto no trânsito. Seu uso também é mais confortável para o motorista submetido ao teste: com um sopro rápido, próximo do sensor, obtemos o resultado em menos de cinco segundos”, destacou o Núcleo de Comunicação da Superintendência da PRF no Estado.

Apesar das características do novo equipamento, as regras permanecem: o motorista pode se recusar a fazer o teste. Quem for flagrado dirigindo sob efeito de álcool é multado em R$ 2.934,70, tem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) recolhida e o veículo fica retido – nos casos menos graves, outra pessoa habilitada e que não tenha ingerido álcool pode ser chamada pelo motorista reprovado no teste do bafômetro para conduzir o veículo.

Verde, amarelo e vermelho
Os três primeiros etilômetros passivos, fabricados na Austrália, chegaram no início deste mês ao RN. A tendência é que todos os equipamentos antigos sejam substituídos, mas, por enquanto, ainda não há previsão quanto à chegada de mais equipamentos.

De acordo com informações técnicas, o novo modelo “tem alta sensibilidade, com capacidade de detectar a presença de álcool no sangue” por aproximação – as cores verde, amarela e vermelha, que aparecem no visor do aparelho, indicam se não há indícios (de álcool no sangue), e se a concentração é considerada uma infração ou crime de trânsito.

Porém, o teste sem o uso do bocal indica apenas se houve (ou não) ingestão de bebidas alcoólicas. Em caso positivo, quando surge luz amarela ou vermelha no display, será preciso fazer o teste à moda antiga para determinar a concentração exata de álcool no sangue.

Concentrações entre 0,05 miligrama por litro de ar expelido e 0,33 mg/L é considerada infração sujeita a multa (R$ 2.934,70), retenção do veículo e recolhimento da CNH; concentrações a partir de 0,34 mg/L são consideradas crime de trânsito e o condutor é conduzido para a delegacia – além de pagar fiança, ainda irá responder à inquérito.

A Polícia Rodoviária Federal realizou 29.041 testes com etilômetros no primeiro semestre de 2019 no Estado. Ano passado, nesse mesmo período, foram feitas 24.276 abordagens nas rodovias federais que cortam o RN. A média de notificações por embriaguez subiu 10% de um ano para o outro, mas a PRF registrou queda de 50% no número de mortes em acidentes causados por embriaguez (quatro mortos em 2018 contra dois em 2019). Os acidentes nas estradas potiguares envolvendo álcool e direção também caíram – de 33 para 25 acidentes.



(Via:TN)

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