terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Aras destaca que responsabilidades pela crise no Amazonas estão sendo apuradas. Procurador-geral da República falou em cerimônia que marcou o início do Ano Jurídico do STF

INÍCIO DO ANO JURÍDICOProcurador-geral da República, Augusto Aras participou virtualmente da solenidade - Divulgação

 Procurador-geral da República, Augusto Aras participou virtualmente da solenidade

O procurador-geral da República, Augusto Aras, destacou nesta segunda-feira (1) que o Ministério Público Federal está acompanhando de perto e apurando as devidas responsabilidades pela crise na saúde na região Norte, especialmente no Amazonas, sua capital Manaus e municípios vizinhos. "Combatemos a doença, a ineficiência e a corrupção", afirmou Aras, durante discurso na abertura do ano Judiciário de 2021, da qual ele participou virtualmente.
 
Diante do colapso da saúde pública em Manaus, que teve a situação agravada no início do mês com a falta de oxigênio na rede hospitalar e o aumento dos casos de covid-19, Aras pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), no último dia 23 de janeiro, a abertura de inquérito contra o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, já determinou a abertura desse inquérito e o objetivo é investigar se houve omissão do ministro no enfrentamento da crise provocada pela falta de oxigênio para pacientes com covid-19 na capital do Amazonas.
 
A pandemia da covid-19 foi um dos temas principais destacados nesta segunda-feira, durante a abertura do ano judiciário. Além do próprio presidente do STF, ministro Luiz Fux, que começou a solenidade com o pedido de um minuto de silêncio pelas vítimas da covid e destacou em seu discurso a repulsa ao negacionismo científico neste momento.
 
O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, também usou a palavra para registrar homenagem às vítimas da doença. "Não compreender a dimensão da tragédia é negar nossa própria condição humana. A grave crise sanitária que enfrentamos tem mostrado a face de outras crises, igualmente profundas, a social e a econômica, e traz mais desigualdade, desalento, incertezas, e nos coloca em outra crise que é humanitária", disse Santa Cruz.
 
 O presidente da OAB destacou ainda o papel importante da ciência neste momento de chegada das vacinas. Segundo ele, os institutos de ciências foram capazes, com eficiência e nem sempre com condições orçamentárias e políticas, de apresentar neste momento a solução, as vacinas para todos os brasileiros.
 
 
(Por Estadão Conteúdo)

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