INÍCIO DO ANO JURÍDICO
Procurador-geral da República, Augusto Aras participou virtualmente da solenidade
O procurador-geral da República, Augusto Aras,
destacou nesta segunda-feira (1) que o Ministério Público Federal está
acompanhando de perto e apurando as devidas responsabilidades pela crise
na saúde na região Norte, especialmente no Amazonas, sua capital Manaus
e municípios vizinhos. "Combatemos a doença, a ineficiência e a
corrupção", afirmou Aras, durante discurso na abertura do ano Judiciário
de 2021, da qual ele participou virtualmente.
Diante do colapso da saúde pública em Manaus, que
teve a situação agravada no início do mês com a falta de oxigênio na
rede hospitalar e o aumento dos casos de covid-19, Aras pediu ao Supremo
Tribunal Federal (STF), no último dia 23 de janeiro, a abertura de
inquérito contra o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. O ministro
Ricardo Lewandowski, do STF, já determinou a abertura desse inquérito e o
objetivo é investigar se houve omissão do ministro no enfrentamento da
crise provocada pela falta de oxigênio para pacientes com covid-19 na
capital do Amazonas.
A pandemia da covid-19 foi um dos temas principais
destacados nesta segunda-feira, durante a abertura do ano judiciário.
Além do próprio presidente do STF, ministro Luiz Fux, que começou a
solenidade com o pedido de um minuto de silêncio pelas vítimas da covid e
destacou em seu discurso a repulsa ao negacionismo científico neste
momento.
O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, também usou a
palavra para registrar homenagem às vítimas da doença. "Não compreender
a dimensão da tragédia é negar nossa própria condição humana. A grave
crise sanitária que enfrentamos tem mostrado a face de outras crises,
igualmente profundas, a social e a econômica, e traz mais desigualdade,
desalento, incertezas, e nos coloca em outra crise que é humanitária",
disse Santa Cruz.
O presidente da OAB destacou ainda o papel importante da ciência neste
momento de chegada das vacinas. Segundo ele, os institutos de ciências
foram capazes, com eficiência e nem sempre com condições orçamentárias e
políticas, de apresentar neste momento a solução, as vacinas para todos
os brasileiros.
(Por Estadão Conteúdo)
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