domingo, 28 de fevereiro de 2021

Insumos para a produção de 12,2 milhões de doses da vacina chegam ao Rio. Os lotes embarcaram em Xangai, na China, nesta sexta-feira, às 7h35 (horário local), e chegaram no Rio por volta das 18h05

 NO RIO DE JANEIROFiocruz recebeu insumo para produção de 12 milhões de doses - Divulgação/ PMSJM

 Fiocruz recebeu insumo para produção de 12 milhões de doses

Rio - A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos, na Zona Norte do Rio, recebeu a segunda remessa do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), o princípio ativo para a fabricação da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. A matéria-prima, que chegou por por volta das 19h40 deste sábado, será suficiente para a produção de 12,2 milhões de doses da vacina. Em março está prevista a chegada de mais três remessas do insumo.

Os lotes saíram de Xangai, na China, às 7h35 de sexta-feira (horário local), e aterrissaram às 18h05 deste sábado no Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio.

A nova remessa completa a quantidade de insumos necessários para a produção local de 15 milhões de doses do imunizante contra a covid-19. A primeira leva do IFA chegou à Fiocruz no dia 6 de fevereiro e foi suficiente para 2,8 milhões de doses, que já estão sendo produzidas. A estimativa é que com as três novas remessas de março sejam entregues 27 milhões de doses até o final de abril. Até junho, a Fiocruz espera ter recebido remessas de IFA suficientes para chegar à produção de 100,4 milhões de doses da vacina.

As vacinas feitas com as duas remessas do ingrediente ativo serão entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) após o deferimento do registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cuja análise tem seguido de forma paralela à produção. A previsão é que o primeiro lote de 1 milhão de vacinas seja entregue na semana entre 15 e 19 de março, informou a Fiocruz.
 
Processo de produção das vacinas
Segundo a Fiocruz, após a chegada dos insumos, amostras serão enviadas para o controle de qualidade. Com a liberação dos resultados, será realizado o descongelamento, seguido do processamento final, que acontece em quatro etapas, são elas: formulação, envase e recravação, inspeção e rotulagem e embalagem.
 
Formulação - O IFA é descongelado e diluído para receber estabilizadores, responsáveis por garantir a integridade e preservação do princípio ativo.

Envase e recravação - O líquido da vacina é inserido de forma automatizada em frascos esterilizados, sendo fechados com uma rolha de borracha específica e encaminhados para a recravação, onde recebem um lacre de segurança.
 
Inspeção - Logo após a fase de envase e recravação, ocorre a etapa de inspeção dos frascos.

Rotulagem e embalagem - Por último, é realizada a etapa de rotulagem e embalagem, onde as vacinas recebem rótulos com identificação, número de lote, data de fabricação, validade e demais informações técnicas. Na sequência, as vacinas seguem para serem embaladas.
 
 De acordo com informações da Fundação, durante o processamento da vacina, são retiradas amostras de todos os lotes, que são encaminhadas para um rígido controle de qualidade interno a fim de garantir sua segurança e eficácia. Após o resultado, as vacinas são liberadas para entrega.
 
 
(Por O Dia)

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