GOVERNO
Evaristo Sa/AFP
Que boa parte da Faria Lima e do Leblon, os principais polos financeiros do país, apoiaram Jair Bolsonaro durante muito tempo não há dúvida. Mais “pauloguedistas” que “bolsonaristas”, os habitantes do “condado” e da “península” estão com os nervos à flor da pele devido ao rompante populista do presidente entre quinta-feira, 18, e sexta, 19. Ele decidiu que quer uma mudança profunda na forma como a Petrobras repassa os preços de combustíveis, exige uma desoneração de insumos energéticos, como gás de cozinha e diesel, e demandou um auxílio emergencial, ao menos, digno na comparação com o que foi liberado no ano passado.
Porém, o pior veio no fim da tarde desta sexta. Correu nos Whatsapps dos investidores uma informação que circulou no pré-carnaval, sexta passada, 12. A de que Bolsonaro pediu a seus assessores uma forma de contornar a Lei de Responsabilidade Fiscal para poder reduzir impostos sem indicar contrapartida. Pois foi justamente o que ele fez ontem, desonerando gás e diesel sem explicar de onde viria o dinheiro. Os indícios de que Bolsonaro realmente deseja destruir um dos principais pilares da recuperação econômica brasileira pós-hiperinflação são cada vez mais evidentes.
Azedou.
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