sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Justiça mantém prisão de Daniel Silveira. Deputado foi transferido da Superintendência da Polícia Federal do Rio para um Batalhão da Polícia Militar

 APÓS AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA


Daniel Silveira

Rio - O juiz Airton Vieira, auxiliar do ministro Alexandre de Morares, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu pela manutenção da prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ). A decisão foi tomada durante audiência de custódia, nesta quinta-feira, por videoconferência.

Com a decisão, o deputado foi transferido nesta noite da Superintendência da Polícia Federal do Rio, para a Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói.

Após o julgamento, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Daniel Silveira por grave ameaça e incitar a animosidade entre o tribunal e as Forças Armadas. A peça assinada pelo vice-procurador-geral Humberto Jacques de Medeiros lista três vídeos recentes em que o parlamentar praticou agressões verbais e graves ameaças contra ministros do Supremo.

Segundo o vice-procurador-geral da República, desde que entrou na mira de inquéritos do Supremo, Daniel Silveira usou a estratégia de praticar agressões verbais e graves ameaças contra os integrantes da Corte, tentando intimidá-los.

A PGR define o parlamentar como "ex-soldado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, instituição na qual se notabilizou pelo mau comportamento, faltas, atrasos e, sobretudo, a gravação e postagem de vídeos ofensivos" nas redes sociais.

A prisão
A prisão foi determinada na noite de terça-feira (16), após Silveira, que já é investigado por participação em atos antidemocráticos, divulgar um vídeo com apologia ao AI-5, instrumento mais duro da repressão na ditadura militar, e defesa da destituição de ministros do STF, consideradas pautas inconstitucionais.

 Na tarde desta quarta-feira (17), o STF decidiu por unanimidade manter a decisão de Moraes que levou à prisão do deputado federal. No julgamento, os ministros destacaram a legalidade da prisão em flagrante e o caráter de crime inafiançável.

Por conta do vídeo, o deputado também foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF. Entretanto a palavra final sobre a manutenção da prisão será do plenário da Câmara dos Deputados. Isso porque, pela Constituição, a prisão em flagrante por crime inafiançável de qualquer deputado deve ser enviada em 24 horas para análise da Casa, que deve decidir sobre a manutenção ou não da prisão.


(Por O Dia)

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