quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

MP junto ao TCU pede avaliação de prejuízo decorrente de ‘operações ilegais’ de Moro. Lucas Furtado enviou ofício pedindo um cálculo de supostos danos aos cofres públicos pela Lava Jato

BASEADO NOS JORNAIS


Lucas Furtado enviou ofício ao TCU pedindo um cálculo dos danos aos cofres públicos por práticas ilegais de membros da Lava Jato de Curitiba e do ex-juiz

 O subprocurador-geral do Ministério Público Junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu que a corte de contas faça uma avaliação de prejuízos causados por “operações supostamente ilegais” realizadas por membros da Lava Jato de Curitiba em conjunto com o ex-juiz Sérgio Moro.

No documento enviado ao ministro Bruno Dantas, Furtado menciona as práticas de “revolving door” contra a Odebrecht e “lawfare” contra os investigados. Ambas as práticas têm sido exaustivamente divulgados baseados em entrevistas e notas dos advogados do ex-presidiário Lula com o intuito de pavimentar o caminho para a anulação de sentenças proferidas pelo então juiz Sérgio Moro, sem considerar que as condenações foram mantidas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O subprocurador também pede que o ministro Bruno Dantas intervenha junto ao ministro Ricardo Lewandowski (STF) para compartilhar as mensagens atribuídas a procuradores e Moro, além de “oficiar ao juízo da Recuperação Judicial da empresa Odebrecht S.A a fim de solicitar o compartilhamento da documentação relativa à escolha do administrador judicial e as análises que fundamentaram a definição do juízo pela empresa de consultoria Alvarez & Marsal, bem como os valores de remuneração que foram estabelecidos”.

Furtado sugeriu também a avaliação da conveniência de se suspender qualquer pagamento à empresa Alvarez & Marsal no âmbito da recuperação judicial da Odebrecht. Em novembro de 2020, a Alvarez & Marsal contratou o ex-juiz Sérgio Moro para ser diretor de investigações.


(Por:André Brito/Diário do Poder)

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