Angela Maria canta e relembra amizade com Carmen Miranda em lançamento de livro. Noite de autógrafos da biografia da cantora, de 86 anos, leva multidão à Livraria da Travessa do Leblon, no Rio
MUSICA
A história de Angela Maria, de acordo com seu biógrafo, Rodrigo Faour,
"confunde-se com a própria história do país". As sete décadas de
carreira da diva da canção são passadas a limpo no livro 'Angela Maria -
A Eterna Cantora do Brasil", que tem mais de 800 páginas. "Passei dois
anos fazendo a pesquisa e escrevendo", diz Faour, que nega ser um
trabalho de fã a publicação.
A noite de autógrafos, dias atrás, na Livraria da Travessa do Leblon,
no Rio, contou com a presença da biografada, que cantou quatro músicas e
contou alguns casos abordados no livro. A história que fez mais sucesso
foi sobre um encontro com Carmen Miranda nos anos 50.
"Carmen estava há anos sem vir ao Brasil e pediu a Angela que a levasse
para sair à noite. Angela pediu que ela saísse bem discreta, mas não
teve jeito. Quando passou para buscar Carmen, a Pequena Notável estava
de plataforma e cheia de balangandãs. Carmen era fã da Angela", conta
Rodrigo.
Apesar de falar de momentos complicados da carreira de Angela Maria no
livro, Rodrigo Faour diz que a cantora não fez nenhuma objeção. "Ela
respeitou a pesquisa que foi feita. Houve muitos escândalos com maridos e
empresários, que se tornaram públicos. Angela foi muito ingênua,
passada para trás. Não tinha como não colocar", diz o autor.
Ainda no lançamento, pelo fato de só enxergar 30% de uma das vistas,
Angela optou por trocar os autógrafos por marcas de batom. Ela beijou
mais de 200 livros naquela noite, que contou com as presenças de Ney
Matogrosso, Rosamaria Murtinho e Serguei. E ainda cantou os sucessos
'Abandono', 'Orgulho', 'Beijo Roubado' e 'Gente Humilde', para o deleite
do público.
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