segunda-feira, 3 de julho de 2017

Atlético-MG vence clássico contra o Cruzeiro e espanta a crise. De virada e contra o maior rival, Galo vence a terceira seguida e agora segue tranquilo para partida decisiva na Libertadores

BRASILEIRÃO SÉRIE A
 Gol do Fred do Atlético Mineiro
 Fred marcou o segundo e o terceiro gol do Atlético no clássico deste domingo (Pedro Vilela/Getty Images)

A semana seria decisiva para o Atlético-MG: a sequência de Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Copa Libertadores, com Botafogo, Cruzeiro e Jorge Wilstermann, nesta ordem. As suas primeiras batalhas foram vencidas, com a vitória sobre o time carioca, no meio de semana, e o triunfo sobre o Cruzeiro na tarde deste domingo, no Independência, por 3 a 1, pelo Campeonato Brasileiro.
O resultado coloca o Atlético-MG no G-6, rodadas após estar na zona de rebaixamento, com 16 pontos conquistados. O Cruzeiro, por sua vez, foi ultrapassado pelo Atlético, ficou na 13ª posição, com 14 tentos.

O Cruzeiro foi muito superior nos 30 primeiros minutos do jogo, sendo mais intenso, mas forte, indo pra cima do Galo e espremendo o clube preto e branco no seu campo defensivo. O Atlético passou a ser superior nos 30 minutos do primeiro tempo e seguiu até o fim. E detalhe: foi mais eficiente, pois conseguiu a virada ainda na etapa inicial e complementou na etapa final.

O Galo volta a campo na próxima quarta-feira, pela Copa Libertadores, contra o Jorge Wilstermann. Pelo Campeonato Brasileiro o time alvinegro enfrenta o Botafogo, no domingo, às 16h (de Brasília), no Engenhão. Já os celestes esperam o Palmeiras, no Mineirão, no mesmo dia e horário.

O jogo – O desenho do jogo era o seguinte: mesmo jogando em casa, com o apoio do seu torcedor, o técnico Roger Machado optou por ter seu time mais fechado. Ele utilizou o esquema com três volantes – formação que deu mais tranquilidade para a equipe até agora. O Galo entrou fechado.

O Cruzeiro conseguiu repetir o esquema e formação que vem atuando, inclusive, com a sequência do zagueiro Caicedo, que vive um drama familiar com a mãe doente. O Galo teve seu primeiro problema logo aos quatro minutos de jogo. O zagueiro Leonardo Silva deixou o gramado logo no começo do jogo reclamando de dores na coxa direita. No minuto seguinte o Cruzeiro abriu o placar. Em jogada em velocidade, no contra-ataque pela esquerda da Raposa, Thiago Neves recebeu na área e empurrou para o fundo das redes.

Mesmo após o gol, o Cruzeiro seguia com ampla superioridade. O time azul chegava por todos os lados, de todas as maneiras e pressionava bastante o Galo. O esquema com três volantes, neste momento, se mostrava frágil, sem capacidade para ser colocado em prática, com o Atlético sem conseguir fazer a transição e sofrendo na defesa.

Fred, Robinho e Cazares, os homens da frente, estava completamente isolados, a bola chegava para os três e não tinha como segurar a redonda no campo de ataque, pois a recomposição celeste era muito bem feita, na mesma facilidade que voltava para a ofensiva. Alguns minutos após fazer o gol, o Cruzeiro chegou com bastante perigo e Caicedo, por pouco, não ampliou o placar.

Aos 30 minutos o Galo passou a entrar no jogo. A transição passou a funcionar, os atletas passaram a conseguir avançar nas linhas e os três da frente não ficaram tão sozinhos. Isso fez com que o Atlético conseguisse criar, pelo menos, três chances reais de gol. Apesar disso, o risco era controlado. O Galo chegava, poderia ter feito o gol, entretanto, o Cruzeiro atuava bem ainda.

O Galo se mandou para o ataque. O Cruzeiro diminuiu o ritmo e isso deu a possibilidade da equipe alvinegra conseguir criar mais. Em uma jogada na área celeste, Elias chutou e a bola pegou na mão de Diogo Barbosa. O pênalti não marcado pelo árbitro irritou os atleticanos. O jogo passou a ficar mais pegado. Primeiro Robinho e Rafael Sóbis se desentenderam e o árbitro precisou entrar na situação para evitar maiores transtornos. Pouco adiantou.

No momento seguinte, Thiago Neves, sem a bola, deu um cabeçada no volante Roger Bernardo. O jogo seguiu, e o meia Robinho do Cruzeiro também levou uma entrada dura. A briga teve inicio. Daronco chamou os jogadores para uma conversa rápida.

Com a melhora do Galo, o Cruzeiro ficou mais recuado. E o Atlético foi com tudo. Aos 47, Cazares bateu falta com perfeição e colocou no ângulo do goleiro Fábio, arqueiro que ficou imóvel na jogada. A equipe preto e branca seguiu querendo mais. Dois minutos depois, Alex Silva recebeu na linha de fundo, cruzou e Fred só teve o trabalho de empurrar para o fundo das redes.

O início do segundo tempo foi marcado pelo igualdade. As equipes eram iguais em campo. O Galo, porém, teve a primeira melhor oportunidade. Cazares cobrou falta, pelo lado do campo, e levou muito perigo a Fábio. A partida se mostrou mais calma na etapa final. O Cruzeiro tentava buscar o ataque, mas não conseguia furar o bloqueio atleticano, muito bem armado por Roger Machado e Yago. Já o Galo conseguia dar velocidade na saída de bola, comandado sempre por Cazares.

Quando o jogo tinha perdido em intensidade, Cazares fez a diferença novamente. O camisa 10 fez boa jogada pela direita, cruzou a bola e encontrou Fred na área, sozinho, para colocou no fundo das redes.

FICHA TÉCNICA: ATLÉTICO-MG 3 X 1 CRUZEIRO

Local: Arena Independência, em Belo Horizonte (MG) Data: 2 de julho de 2017 (domingo) Horário: 16h (de Brasília) Árbitro: Anderson Daronco (RS – FIFA) Assistentes: Rafael da Silva Alves (RS) e Elio Nepomuceno de Andrade Junior (RS) Cartões amarelos: Robinho, Fábio Santos, Roger Bernardo, Marlone (Atlético-MG); Rafael Sóbis, Ariel Cabral, Ramon Ábila, Caicedo (Cruzeiro) Gols: Thiago Neves, aos 5 minutos do primeiro tempo (Cruzeiro); Cazares, aos 47 minutos do primeiro tempo, Fred, aos 49 minutos do primeiro tempo e aos 35 minutos do segundo tempo (Atlético-MG).

ATLÉTICO-MG: Victor, Alex Silva, Léo Silva (Bremer), Gabriel, Fábio Santos; Elias, Yago (Adilson), Roger Bernard, Cazares, Robinho; Fred (Rafael Moura). Técnico: Roger Machado

CRUZEIRO: Fábio; Ezequiel, Caicedo, Leo e Diogo Barbosa; Lucas Romero, Ariel Cabral, Robinho (Elber) e Thiago Neves; Alisson e Rafael Sobis (Ramon Ábila). Técnico: Mano Menezes.

(Veja.Aabril.com.br)

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