BRASILEIRÃO SÉRIE A
Fred marcou o segundo e o terceiro gol do Atlético no clássico deste domingo (Pedro Vilela/Getty Images)
A semana seria decisiva para o Atlético-MG: a sequência de
Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Copa Libertadores, com Botafogo,
Cruzeiro e Jorge Wilstermann, nesta ordem. As suas primeiras batalhas
foram vencidas, com a vitória sobre o time carioca, no meio de semana, e
o triunfo sobre o Cruzeiro na tarde deste domingo, no Independência,
por 3 a 1, pelo Campeonato Brasileiro.
O resultado coloca o Atlético-MG no G-6, rodadas após estar
na zona de rebaixamento, com 16 pontos conquistados. O Cruzeiro, por sua
vez, foi ultrapassado pelo Atlético, ficou na 13ª posição, com 14
tentos.
O Cruzeiro foi muito superior nos 30 primeiros minutos do
jogo, sendo mais intenso, mas forte, indo pra cima do Galo e espremendo o
clube preto e branco no seu campo defensivo. O Atlético passou a ser
superior nos 30 minutos do primeiro tempo e seguiu até o fim. E detalhe:
foi mais eficiente, pois conseguiu a virada ainda na etapa inicial e
complementou na etapa final.
O Galo volta a campo na próxima quarta-feira, pela Copa
Libertadores, contra o Jorge Wilstermann. Pelo Campeonato Brasileiro o
time alvinegro enfrenta o Botafogo, no domingo, às 16h (de Brasília), no
Engenhão. Já os celestes esperam o Palmeiras, no Mineirão, no mesmo dia
e horário.
O jogo – O desenho do jogo era o seguinte:
mesmo jogando em casa, com o apoio do seu torcedor, o técnico Roger
Machado optou por ter seu time mais fechado. Ele utilizou o esquema com
três volantes – formação que deu mais tranquilidade para a equipe até
agora. O Galo entrou fechado.
O Cruzeiro conseguiu repetir o esquema e formação que vem
atuando, inclusive, com a sequência do zagueiro Caicedo, que vive um
drama familiar com a mãe doente. O Galo teve seu primeiro problema logo
aos quatro minutos de jogo. O zagueiro Leonardo Silva deixou o gramado
logo no começo do jogo reclamando de dores na coxa direita. No minuto
seguinte o Cruzeiro abriu o placar. Em jogada em velocidade, no
contra-ataque pela esquerda da Raposa, Thiago Neves recebeu na área e
empurrou para o fundo das redes.
Mesmo após o gol, o Cruzeiro seguia com ampla superioridade.
O time azul chegava por todos os lados, de todas as maneiras e
pressionava bastante o Galo. O esquema com três volantes, neste momento,
se mostrava frágil, sem capacidade para ser colocado em prática, com o
Atlético sem conseguir fazer a transição e sofrendo na defesa.
Fred, Robinho e Cazares, os homens da frente, estava
completamente isolados, a bola chegava para os três e não tinha como
segurar a redonda no campo de ataque, pois a recomposição celeste era
muito bem feita, na mesma facilidade que voltava para a ofensiva. Alguns
minutos após fazer o gol, o Cruzeiro chegou com bastante perigo e
Caicedo, por pouco, não ampliou o placar.
Aos 30 minutos o Galo passou a entrar no jogo. A transição
passou a funcionar, os atletas passaram a conseguir avançar nas linhas e
os três da frente não ficaram tão sozinhos. Isso fez com que o Atlético
conseguisse criar, pelo menos, três chances reais de gol. Apesar disso,
o risco era controlado. O Galo chegava, poderia ter feito o gol,
entretanto, o Cruzeiro atuava bem ainda.
O Galo se mandou para o ataque. O Cruzeiro diminuiu o ritmo e
isso deu a possibilidade da equipe alvinegra conseguir criar mais. Em
uma jogada na área celeste, Elias chutou e a bola pegou na mão de Diogo
Barbosa. O pênalti não marcado pelo árbitro irritou os atleticanos. O
jogo passou a ficar mais pegado. Primeiro Robinho e Rafael Sóbis se
desentenderam e o árbitro precisou entrar na situação para evitar
maiores transtornos. Pouco adiantou.
No momento seguinte, Thiago Neves, sem a bola, deu um
cabeçada no volante Roger Bernardo. O jogo seguiu, e o meia Robinho do
Cruzeiro também levou uma entrada dura. A briga teve inicio. Daronco
chamou os jogadores para uma conversa rápida.
Com a melhora do Galo, o Cruzeiro ficou mais recuado. E o
Atlético foi com tudo. Aos 47, Cazares bateu falta com perfeição e
colocou no ângulo do goleiro Fábio, arqueiro que ficou imóvel na jogada.
A equipe preto e branca seguiu querendo mais. Dois minutos depois, Alex
Silva recebeu na linha de fundo, cruzou e Fred só teve o trabalho de
empurrar para o fundo das redes.
O início do segundo tempo foi marcado pelo igualdade. As
equipes eram iguais em campo. O Galo, porém, teve a primeira melhor
oportunidade. Cazares cobrou falta, pelo lado do campo, e levou muito
perigo a Fábio. A partida se mostrou mais calma na etapa final. O
Cruzeiro tentava buscar o ataque, mas não conseguia furar o bloqueio
atleticano, muito bem armado por Roger Machado e Yago. Já o Galo
conseguia dar velocidade na saída de bola, comandado sempre por Cazares.
Quando o jogo tinha perdido em intensidade, Cazares fez a
diferença novamente. O camisa 10 fez boa jogada pela direita, cruzou a
bola e encontrou Fred na área, sozinho, para colocou no fundo das redes.
FICHA TÉCNICA: ATLÉTICO-MG 3 X 1 CRUZEIRO
Local: Arena Independência, em Belo Horizonte (MG)
Data: 2 de julho de 2017 (domingo)
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Anderson Daronco (RS – FIFA)
Assistentes: Rafael da Silva Alves (RS) e Elio Nepomuceno de Andrade Junior (RS)
Cartões amarelos: Robinho, Fábio Santos, Roger Bernardo, Marlone (Atlético-MG); Rafael Sóbis, Ariel Cabral, Ramon Ábila, Caicedo (Cruzeiro)
Gols: Thiago Neves, aos 5 minutos do primeiro tempo
(Cruzeiro); Cazares, aos 47 minutos do primeiro tempo, Fred, aos 49
minutos do primeiro tempo e aos 35 minutos do segundo tempo
(Atlético-MG).
ATLÉTICO-MG: Victor, Alex Silva, Léo Silva
(Bremer), Gabriel, Fábio Santos; Elias, Yago (Adilson), Roger Bernard,
Cazares, Robinho; Fred (Rafael Moura). Técnico: Roger Machado
CRUZEIRO: Fábio; Ezequiel, Caicedo, Leo e
Diogo Barbosa; Lucas Romero, Ariel Cabral, Robinho (Elber) e Thiago
Neves; Alisson e Rafael Sobis (Ramon Ábila). Técnico: Mano Menezes.
(Veja.Aabril.com.br)
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