quarta-feira, 19 de julho de 2017

Tribunal Regional Federal mantém prisão preventiva de Henrique Alves. Ex-ministro do Turismo, peemedebista foi preso pela PF em junho em operação que investigou sobrepreço na construção de estádio em Natal (RN) para Copa do Mundo, além de fraudes na Caixa.

PREVENTIVA
 O ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves, ao ser preso pela PF em junho deste ano (Foto: Frankie Marcone/Futura Press/Estadão Conteúdo)
 O ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves, ao ser preso pela PF em junho deste ano (Foto: Frankie Marcone/Futura Press/Estadão Conteúdo) 

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), com sede em Brasília, manteve nesta terça-feira (18) a prisão preventiva do ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). 

Por 2 votos a 1, os desembargadores da 3ª Turma entenderam que a prisão é necessária por considerarem possível Henrique Alves ter contas no exterior e voltar a movimentá-las. 

O ex-ministro foi preso no início de junho em uma operação da Polícia Federal que investigou sobrepreço na construção do estádio Arena das Dunas, em Natal (RN), para a Copa do Mundo, além de irregularidades na Caixa Econômica Federal. 

Após a prisão, a defesa do peemedebista alegou que as contas não estão no nome dele nem há procuração assinada por Alves para realizar as transferências investigadas.

A prisão

À época, a Justiça Federal no Rio Grande do Norte informou que o processo tramitava sob sigilo, e que as acusações eram referentes a "supostos pagamentos de propinas feitos por empreiteiras com destinação a dois políticos e que teriam contado com a conivência de empresários que atuaram para lavagem de dinheiro". 

Segundo o Ministério Público, Henrique Açves é suspeito de receber parte de uma propina de R$ 52 milhões paga pelas construtoras Odebrecht, OAS e Carioca ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 

Em troca, de acordo com o MPF, Cunha teria viabilizado, junto à Caixa Econômica Federal, a liberação de recursos do Fundo de Investimentos do FGTS para revitalização do porto do Rio de Janeiro, empreendimento conhecido como Porto Maravilha, orçado em R$ 3,5 bilhões. 

(Por Renan Ramalho, G1, Brasília)

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