O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), com sede em Brasília,
manteve nesta terça-feira (18) a prisão preventiva do ex-ministro do
Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Por 2 votos a 1, os desembargadores da 3ª Turma entenderam que a prisão
é necessária por considerarem possível Henrique Alves ter contas no
exterior e voltar a movimentá-las.
O ex-ministro foi preso no início de junho
em uma operação da Polícia Federal que investigou sobrepreço na
construção do estádio Arena das Dunas, em Natal (RN), para a Copa do
Mundo, além de irregularidades na Caixa Econômica Federal.
Após a prisão, a defesa do peemedebista alegou que as contas não estão
no nome dele nem há procuração assinada por Alves para realizar as
transferências investigadas.
A prisão
À época, a Justiça Federal no Rio Grande do Norte informou que o
processo tramitava sob sigilo, e que as acusações eram referentes a
"supostos pagamentos de propinas feitos por empreiteiras com destinação a
dois políticos e que teriam contado com a conivência de empresários que
atuaram para lavagem de dinheiro".
Segundo o Ministério Público, Henrique Açves é suspeito de receber
parte de uma propina de R$ 52 milhões paga pelas construtoras Odebrecht,
OAS e Carioca ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Em troca, de acordo com o MPF, Cunha teria viabilizado, junto à Caixa
Econômica Federal, a liberação de recursos do Fundo de Investimentos do
FGTS para revitalização do porto do Rio de Janeiro, empreendimento
conhecido como Porto Maravilha, orçado em R$ 3,5 bilhões.
(Por Renan Ramalho, G1, Brasília)
Nenhum comentário:
Postar um comentário