REPERCUSSÃO
Mineiro destaca que pagamento em dia beneficia não só os servidores, também movimenta a economia
O secretário estadual de Gestão e Projetos e Relações Institucionais, Fernando Mineiro, afirmou que a governadora Fátima Bezerra não fala tanto sobre os problemas de equilíbrio financeiro e orçamentário do Estado, porque prefere gastar energia “fazendo muito para consertar a tragédia fiscal herdada de governos passados”.
A declaração foi em resposta aos ex-governadores e ex-senadores
Garibaldi Filho e José Agripino, que em entrevistas publicadas na edição
de domingo (07) da TRIBUNA DO NORTE, fizeram críticas à gestão do atual
governo, embora tenham reconhecido as dificuldades adicionais
provocadas pela pandemia do coronavírus. O secretário disse que quando
os dois conhecerem melhor “o que está acontecendo vão mudar de opinião
sobre o governo”.
Fernando Mineiro, em um
publicação nas redes sociais, se referiu diretamente a Garibaldi Filho.
“Estou 'on' para informar ao ex-governador Garibaldi que a governadora
Fátima não fala muito nisso, porque gasta energia fazendo muito para
consertar a tragédia fiscal herdada de governos passados (assim mesmo no
plural). Desde organizar a contabilidade do estado até a reforma da
Previdência”, destacou o secretário de Gestão e Projetos, que respondeu à
declaração do ex-senador. Em um trecho da entrevista, Garibaldi disse
que não vê a governadora preocupada e empenhada em tirar o Estado da
situação de desequilíbrio fiscal. Garibaldi comentou também que para ter
êxito nesta área, a Fátima Bezerra deveria ter adotado medidas no
início da gestão.
O senador José Agripino
afirmou, em entrevista publicada também na edição de domingo (07), que
reconhece méritos nas iniciativas para colocar o pagamento dos salários
em dia, mas um governo não pode se limitar à gestão da folha de
pessoal.
Repercussão
Fernando
Mineiro disse que, ao manter em dia a folha, e "fazer um esforço para
pagar atrasados [que recebeu da gestão anterior]", o governo não
beneficia apenas servidores públicos estaduais. "Os beneficiados
[também] são as empresas e o comércio do Rio Grande do Norte, porque com
esse dinheiro os servidores não vão colocar na especulação financeira,
mas volta imediatamente, uma vez que ao ser pago é injetado na
economia, no outro dia ele está na feira livre, no supermercado, na
bodega, na padaria, girando a economia", destacou o secretário.
Mineiro
disse que a renda pública "tem um peso na vida econômica do Estado e
não é só beneficiar o servidor diretamente" e, depois, exemplificou que
todos os indicadores sociais nas áreas de segurança e saúde, "tirando a
questão da pandemia, melhoraram".
O
secretário de Relações Institucionais do Governo citou que o RN tem hoje
um sistema público contábil que "não existia e avançou" em comparação a
outros estados, bem como o governo "enfrentou o problema crônico da
Previdência", depois de muito debate e ainda criou o novo Programa de
Incentivos Fiscais (Proedi), que "colocou o Rio Grande do Norte em outro
patamar" quanto à presença de indústrias.
"São
ações que o governo vem fazendo com muita seriedade, cuidado e firmeza,
além de ter melhorado no ranking da transparência", continuou Mineiro,
para quem a preocupação da governadora Fátima Bezerra com a questão
fiscal "é clara e reconhecida”.
O secretário
de Gestão e Projetos afirma que governo tem várias obras estruturantes,
investindo no "Governo Cidadão" cerca de R$ 300 milhões. “A saúde do
Estado hoje é outra. Há o esforço concentrado que o governo fez para
enfrentar a pandemia de coronavírus", afora pactuações com as
prefeituras e estruturações de hospitais regionais e outros projetos
fundamentais para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte, como as
obras das barragens de Oiticica e das Traíras, na região do Seridó”,
disse.
Para Fernando Mineiro, na medida em que
os ex-governadores Garibaldi Filho e José Agripino, que hoje são
vice-presidente e presidente das Executivas estaduais do MDB e DEM,
“conhecerem o que de fato o que está acontecendo, vão mudar de opinião”.
Segundo Fernando Mineiro, "jogar uma farpa aqui e acolá, faz parte da política”.
“Câmara cumpre ritos regimentais para a posse”
O
secretário de Relações Institucionais do Governo, Fernando Mineiro,
afirmou que "está aguardando a data da posse" na cadeira de deputado
federal. "Já está claro para todo mundo que vem acompanhando a política,
o que aconteceu em 2018 aqui, e a Câmara certamente nos dará posse,
porque está cumprindo os ritos regimentais, não tenho a menor dúvida",
disse.
Fernando Mineiro
refere-se ao prazo de cinco dias dados pelo corregedor da Câmara dos
Deputados, deputado Paulo Bengtson (PTB/PA), e que se expira hoje, para o
deputado Beto Rosado (PP-RN) fazer sua defesa por escrito sobre a
comunicação da Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte, retirando o seu
mandato em virtude da anulação de 8.990 votos dados a Kericlis Alves
Oliveira nas eleições de 2018 e somou para a coligação "100% RN".
Segundo
Mineiro, o deputado Beto Rosado "não tem o que defender, ele já é
suplente, porque tinha que sair para eu ocupar a vaga que o povo me
deu".
Mineiro disse que assumindo o mandato na
Câmara Federal, manterá um alinhamento entre as questões locais e
nacionais, porque uma coisa é decorrente da outra. "A nossa voz lá é
para se somar ao lado do nosso governo e contribuir para o Estado e,
evidentemente, vamos seguir as orientações nacionais, contribuído para
esse debate".
Com relação às
eleições de 2022, Fernando Mineiro acredita que a governadora Fátima
Bezerra estará bem posicionada para tentar a reeleição, repetindo pelo
menos o resultado de 2018, quando foi eleita em segundo turno com 57,60%
dos votos válidos.
"Pelo
trabalho que a governadora vem fazendo, tenho certeza de que o
desempenho será muito melhor, mas ‘2022 nós vamos discutir em 2022’,
estou muito otimista, primeiro pelo quadro que existe hoje, porque havia
uma aposta e uma torcida para que a governadora fracassasse e é o
contrário, a governadora está mostrando sua competência e capacidade, um
governo coeso e integrado, a governadora e o vice-governador (Antenor
Roberto) e secretários não trabalham de forma isolada".
Mineiro
disse também que "isso tem feito, que está sendo reconhecido, inclusive
em setores que eram oposição, mas percebe que a capacidade da gestão e
do atual governo".
(Por:Tribuna do Norte)
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