sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Projeto Alta Compartilhada beneficia mais de 300 bebês por ano‏. A família, em especial a mãe, recebe informações e treinamento sobre os cuidados com o bebê no domicílio

APOIO
 
 Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Integrar o cuidado hospitalar neonatal com o cuidado da Atenção Básica. Este é o principal objetivo do Projeto Alta Compartilhada, desenvolvido no Hospital José Pedro Bezerra (Santa Catarina), destinado aos bebês prematuros e de risco.

O trabalho inicia com a elaboração de um resumo clínico de alta hospitalar que é entregue à família, conferência dos exames, atualização das vacinas, avaliação da nutrição e orientação de medicamentos para uso domiciliar. O Serviço Social do hospital entra em contato com a Unidade Básica de Saúde, equipes da Estratégia Saúde da Família ou Secretaria Municipal de Saúde e comunica que o recém-nascido de risco encontra-se em programação de alta hospitalar. A família, em especial a mãe, recebe informações e treinamento sobre os cuidados com o bebê no domicílio, além do incentivo e apoio ao aleitamento materno.
As equipes que atuam na Atenção Básica podem realizar visita ao bebê enquanto ele ainda estiver hospitalizado e se apropriar da situação, programando uma visita domiciliar e uma consulta na unidade básica de saúde o mais breve possível, conforme recomendação do Ministério da Saúde.

“Os benefícios para o bebê e sua família são inúmeros. É possível reduzir a morbimortalidade infantil, aumentar a prevalência do aleitamento materno, melhorar o vínculo afetivo entre a mãe e seu bebê, diminuir o risco de reinternação hospitalar, garantir o número de consultas preconizadas pelo Ministério da Saúde, melhorar a vigilância à saúde do bebê prematuro e/ou de baixo peso e identificar os problemas no domicílio o mais breve possível após a alta hospitalar. Enfim, melhorar a qualidade do cuidado”, explicou a coordenadora da UTI Neonatal do Hospital José Pedro Bezerra, Aldenilde de Castro.

Estão inseridos no projeto todos os bebês egressos da Unidade Neonatal  e os bebês de risco do alojamento conjunto. “Em média, 300 bebês prematuros e/ou baixo peso recebem alta da segunda etapa do Método Canguru por ano. Este número amplia-se se somarmos os outros recém-nascidos que não são prematuros”, disse Aldenilde.

A participação na Alta Compartilhada inclui profissionais de caráter multidisciplinar: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas, entre outros.

Saiba mais
A ação de sensibilização da Alta Compartilhada acontece no Hospital Santa Catarina desde 2006, quando a Unidade Neonatal foi inaugurada. Na época o Serviço Social tentava a comunicação com as unidades consideradas como referência para o endereço de domicílio da família do neonato, mas de forma não sistematizada.

Em julho de 2015 o curso de Formação de Tutores no Método Canguru para a Atenção Básica, fomentou a discussão sobre o Cuidado e a Alta compartilhada no hospital. A equipe debateu sobre as competências da Unidade Neonatal e da Unidade Básica de Saúde ou da Estratégia Saúde da Família na organização e implantação de uma linha de cuidado para a  alta compartilhada e qualificada neonatal.

A discussão do projeto contou com o apoio institucional da Rede Cegonha, chefia do Serviço Social, representantes e equipes da Estratégia de Saúde da Família do Distrito Norte de Natal, Coordenação da Saúde da Criança e Aleitamento Materno da SMS – Natal, Direção do Departamento de Atenção Básica da SMS, Coordenação de Enfermagem da Estratégia de Saúde da Família e Coordenação da Atenção da Saúde da Criança da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).

 por:

Nenhum comentário:

Postar um comentário