BRASIL, POLÍTICA
Presidente Michel Temer, durante cerimônia no Palácio do Planalto em Brasília - 13/07/2017 (Adriano Machado/Reuters)
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai insistir na abertura do processo de impeachment do presidente Michel Temer mesmo que a denúncia apresentada contra ele pela Procuradoria-Geral da República (PGR) com base na delação da JBS seja barrada pela Câmara, na votação marcada para o dia 2.
“São duas coisas independentes”, disse o presidente nacional
da OAB, Claudio Lamachia, na noite desta terça-feira na cerimônia de
posse da nova diretoria da Federação das Indústrias do Estado do Rio
Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre. “Dependendo do que ainda surja
(contra Temer), a Ordem ainda poderá aditar o processo ou promover um
novo pedido, com base em novos elementos.”
A OAB protocolou um pedido de impeachment contra Temer no
dia 25 de maio, oito dias após a revelação das gravações feitas pelo
empresário Joesley Batista, da JBS, no âmbito de um acordo de delação
com a PGR. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), ainda não tomou
decisão sobre o pedido da OAB e sobre diversos outros que já foram
apresentados desde então.
Mesmo que a denúncia da PGR seja derrubada no plenário da
Câmara, Maia terá de “cumprir seu papel” de apreciar o pedido de
impeachment apresentado pela OAB, “independentemente das denúncias que
venham a ser apresentadas pelo Ministério Público Federal”, disse
Lamachia. “(Em caso de arquivamento da denúncia), nós vamos cobrar com a
mesma ênfase que o presidente da Câmara se pronuncie sobre o outro
processo, que é o impeachment.”
Na segunda-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, disse que “não tem pressa” em apresentar uma nova acusação ao
presidente no caso JBS. Temer foi denunciado pelo procurador-geral ao
STF pelo crime de corrupção passiva, com base nas delações da empresa.
(Com Estadão Conteúdo)
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