BRASIL, POLÍTICA
O ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima - 22/11/2016 (André Coelho/Agência o Globo)
A defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima definiu como “absolutamente desnecessário” o decreto de prisão preventiva
do político. Em nota divulgada na noite desta segunda-feira, o advogado
Gamil Föppel disse que há “ausência de relevantes informações” para
basear a decisão e definiu como “erro” da Justiça Federal a autorização
para a prisão de Geddel.
O ex-ministro foi preso preventivamente na tarde desta
segunda por determinação da Justiça Federal. Segundo o Ministério
Público Federal (MPF), Geddel estaria tentando obstruir a investigação
de suspeitas de irregularidades na liberação de recursos da Caixa
Econômica Federal. A prisão preventiva foi pedida pela PF e pelos
integrantes da força-tarefa da Operação Cui Bono?, a
partir de informações fornecidas em depoimentos do doleiro Lúcio Bolonha
Funaro, do empresário Joesley Batista e do diretor jurídico do grupo
J&F, Francisco de Assis e Silva, sendo os dois últimos em acordo de
colaboração premiada.
Na nota, Föppel diz que Geddel, desde o início das
investigações, se colocou à disposição para prestar esclarecimentos, mas
nunca foi intimado pela Justiça. Para a defesa, isso representa uma
“preocupação policialesca muito mais voltada às repercussões da
investigação para a grande imprensa, do que efetivamente à apuração de
todos os fatos”.
A defesa do ex-ministro sustenta ainda que o empresário
Joesley Batista foi “enérgico em pontuar que jamais pagou propina” ou
qualquer vantagem indevida a Geddel.
“Sabedor da sua inocência e confiante na altivez do Poder
Judiciário, o senhor Geddel Vieira Lima segue inabalável na reparação do
cerceamento às suas liberdades fundamentais”, diz a nota.
Na semana passada, VEJA revelou que o polític temia ser
preso a qualquer momento. “Recolhido em seu apartamento com vista
privilegiada de Salvador, o ex-ministro chora copiosamente no ombro dos
poucos amigos com quem ainda conversa. Também tem abusado do uso de
álcool”, relatou a reportagem.
(Com Estadão Conteúdo)
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