BRASIL, POLÍTICA
A bancada bolsonarista da Assembleia Legislativa SP entrou com uma nova ação contra João Doria, agora no âmbito federal. Após a Procuradoria-Geral da República acatar a denúncia por crime de responsabilidade, o Ministério Público Federal (MPF) repassou a ação para o Superior Tribunal Justiça, que tem a responsabilidade de investigar governadores. Entre os principais crimes apontados estão o contrato de mais de meio bilhão de reais por 3 mil respiradores, dos quais chegaram apenas 1.300, e uma suposta tentativa de fraude num contrato de R$ 14 milhões de compra de aventais para uma editora de livros.
Estes mesmos deputados bolsonaristas (sempre Frederico d’Avila, Gil Diniz, Douglas Garcia, Valéria Bolsonaro, Major Mecca e Castello Branco) já ingressaram com 4 pedidos de impeachment contra Doria na Alesp. No entanto, o antigo presidente da Casa, Cauê Macris, era do PSDB e apoiador de Doria, e no início de 2021, o governador conseguiu eleger o seu candidato, o deputado Carlão Pignatari. E só o Presidente da Casa pode dar início ao processo de impeachment.
Como estão com dificuldades no âmbito legislativo, o jeito é tentar o judicial. Agora, está nas mãos do STJ. No entanto, as perspectivas não são muito boas. Segundo o jornalista Max Cardoso, do portal Terça Livre: “Pelo o que o juiz já adiantou – um juiz de 1º instância -, ele não vê materialidade e provavelmente o STJ também não verá, e não deve abrir investigação. Mas, isso é interessante porque mostra um caminho para aqueles que realmente tiverem alguma denúncia, tiverem os indícios para entrar na Justiça por meio do MPF para ser analisado e, quem sabe, se abra um inquérito”.
(Por:News Atual)
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