SENADOR STYVENSON
O número de pessoas aguardando cirurgias eletivas (oftalmológica, ortopédica, ginecológica, gerais) em Mossoró-RN já passa de 3,5 mil, sem que a Secretaria Municipal de Saúde possa contratualizar estas cirurgias, mesmo com recursos garantidos para este fim.
As cirurgias eletivas já vêm se acumulando desde a época do governo Rosalba Ciarlini, principalmente, devido à pandemia. Os médicos só estão fazendo as cirurgias emergenciais, devido ao risco de contaminação do paciente pelo vírus no hospital.
Logo no início da gestão, antes de começar a segunda onda de mortes por covid19, o prefeito Allyson Bezerra usou suas redes sociais para dizer que iria contratar as cirurgias eletivas para todos que estivessem precisando nas áreas ortopédicas, oftalmológicas, ginecológica e gerais.
Entretanto, o quadro da pandemia se agravou, sendo necessário os Governos do Estado e do Município editarem decretos que impossibilitaram as cirurgias. Semana passada, no entanto, o governo do estado, emitiu um novo decreto, abrindo a possibilidade para a realização destas.
Porém, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, alega que recebeu a Prefeitura de Mossoró, no dia 1º de janeiro de 2021, com um rombo de quase R$ 1 bilhão. Para contratar as cirurgias, teria que eleger como prioridade máxima e evitar investimentos em outros setores. Isto, se a fonte dos recursos fosse a arrecadação própria.
O prefeito buscou em Brasília, junto à bancada federal, e conseguiu com o senador Styvenson Valentin, do Podemos, recursos na ordem de R$ 3.339.993,00 para contratar uma parte das cirurgias em Mossoró.
Só que, agora, a questão é outra que impede a realização das cirurgias. Os hospitais de Mossoró, segundo a secretária de saúde Morgana Dantas, estão com suas UTIs e Centro Cirúrgicos lotados, com pacientes fazendo tratamento para se recuperar da covid19.
A secretária Morgana Dantas citou diretamente o Hospital Maternidade Almeida Castro, administrado pela APAMIM. Esta unidade está com um de seus centros cirúrgicos transformado em 20 leitos de UTI covid e outros reservados para a maternidade.
O Hospital Wilson Rosado também está lotado, assim como o Hospital São Luiz. Não existe outra saída a não ser aguardar reduzir o número de internações covid19, o que não está ocorrendo na proporção esperada pelas autoridades sanitárias do Rio Grande do Norte.
FISCALIZAÇÃO RÍGIDA COM APOIO DA POPULAÇÃO
Sobre o repasse dos recursos, Styvenson disse ao MOSSORÓ HOJE que se forem bem aplicados, com transparência, virão muito mais para Mossoró. Para tanto, ele exigiu uma lista de nomes de quem vai ser beneficiado com a cirurgia antecipadamente. Quer acompanhar caso a caso.
Destacou que, no caso, não se trata de exposição e sim de transparência necessária para com a lida com dinheiro público. E pede que a população o ajude a fiscalizar a correta aplicação dos recursos que está destinando para Mossoró investir em cirurgias eletivas.
(Por:Mossoró Hoje)
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