sábado, 4 de março de 2017

Vice-presidente dos EUA usou e-mail privado quando era governador. Mike Pence conversou sobre assuntos de governo e segurança interna através de uma conta particular, informou o jornal Indianopolis Star

EUA
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, usou uma conta privada de e-mail para discutir assuntos de governo quando era governador de Indiana, informou o jornal Indianapolis Star.

As mensagens obtidas pelo publicação mostram que Pence utilizou uma conta no provedor AOL – que a publicação afirma ter sido hackeada no ano passado – para debater “assuntos sensíveis e questões de segurança interna”. O Indianapolis Star, que teve acesso aos e-mails após um pedido de acesso à informação, revela que o gabinete do vice-presidente confirmou que “Mike Pence manteve uma conta de e-mail do estado e uma conta pessoal”.

“Como governador, o senhor Pence cumpriu totalmente a lei de Indiana sobre o uso e a preservação dos e-mails”, afirmou o gabinete ao jornal. A lei de Indiana não proíbe que os ocupantes de cargos públicos utilizem contas pessoais, mas exige que mensagens ligadas a questões oficiais sejam arquivadas, para fins de informação pública.

Durante a campanha presidencial, Pence criticou a candidata democrata Hillary Clinton pelo uso de um servidor de e-mail privado para comunicações oficiais quando atuava como secretária de Estado, um escândalo que a perseguiu até o fim da disputa. O jornalista que revelou a notícia, Tony Cook, disse ao canal CNN que o porta-voz de Pence “minimizou qualquer comparação com o uso de um servidor de e-mail privado por parte de Clinton”.

De acordo com gabinete de Pence, sua campanha havia adotado medidas para permitir a transferência ao estado das mensagens relativas a temas públicos que passaram por sua conta pessoal. Segundo o Indianopolis Star, porém, especialistas em segurança da informação levantam questionamentos se assuntos sensíveis, como os que foram tratados por Pence, devem ser discutidos em contas pessoais. Tipicamente, servidores privados são menos seguros do que aqueles usados pelo governo.

(Com AFP)

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