O resultado coroa uma sequência difícil, com duas vitórias em clássicos e uma pela Copa Libertadores. Além disso, o Palmeiras confirmou a classificação antecipada para a próxima fase do Campeonato Paulista, com 21 pontos no Grupo C.
Para o Santos, que também jogou com o time completo, a derrota em casa foi um desastre. O time desperdiçou a chance de ficar na primeira colocação do Grupo D. Pior: a equipe de Dorival Júnior continua fora da zona da classificação, em terceiro lugar, com 13 pontos. Foi a terceira derrota do Santos em clássicos neste Paulistão, a segunda em casa.
As atuações de Fernando Prass e Vladimir explicam o porquê de o 0 a 0 ter persistido após os primeiros 45 minutos. Cada um dos goleiros fez ao menos duas defesas excepcionais na etapa inicial. Se o Santos foi ligeiramente superior na maior parte do primeiro tempo, o Palmeiras também mostrou sua força.
Foram dois estilos de jogo diferentes. O time de Dorival mantinha a posse de bola, apostava mais na triangulação e principalmente na velocidade de Bruno Henrique, um temor para Jean e para todo o sistema defensivo do Palmeiras.
Como era esperado, o duelo particular entre Lucas Lima e Felipe Melo tomou conta do meio de campo. O santista tinha certeza de que poderia cavar a expulsão do volante palmeirense. E quase conseguiu após uma sequência de duas faltas duras. Em uma delas, Felipe Melo recebeu cartão amarelo.
O Santos assistia a uma repetição do que aconteceu contra o The Strongest, no meio de semana, quando perdeu uma série de gols. Prass estava sempre em cima do lance e defendia chutes complicados de Bruno Henrique e Ricardo Oliveira. Quando isso não acontecia, a trave parava o time Vila (duas vezes). Além disso, Vitor Bueno perdeu um gol incrível, sem goleiro, após receber uma cruzamento certeiro. “Não tem desculpa, não foi a chuva, eu errei.”
Já o Palmeiras precisou alternar o posicionamento de seus atacantes e apostar na velocidade para chegar a área de Vladimir. As saídas com Keno foram a melhor arma da equipe de Eduardo Baptista. Borja só não abriu o placar graças às defesas de Vladimir.
Guerra foi sacado no intervalo. Baptista colocou Egídio em campo e deslocou Zé Roberto para o meio de campo. Mas as alterações que fizeram a diferença viriam depois, com as entradas de Roger Guedes e Willian, dando mais poder de fogo ao time.
Ricardo Oliveira, enfim, superou Fernando Prass aos 29 minutos do segundo tempo, com o atacante aproveitando um cruzamento de Victor Ferraz, que ganhou de Egídio. O Palmeiras, no entanto, não se abateu. E foi objetivo.
Primeiro com o lateral Jean, aos 40 minutos, que recebeu boa bola de Róger Guedes e bateu cruzado, vencendo o Vladimir. Aos 42 minutos, em outra jogada de Róger Guedes, Willian empurrou para o gol, selando uma vitória do Palmeiras marcada pela eficiência na hora certa.
Após o grande triunfo no clássico, o Palmeiras voltará a campo na quarta-feira, às 20h30, contra o Mirassol, no Allianz Parque. No mesmo dia, o Santos buscará a reabilitação diante do São Bento, às 19h30, em Sorocaba.
( Estadão Conteúdo)
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