BRASIL, POLÍTICA
Em delações que já contaram com mais 900 páginas, o ex-governador do RJ Sérgio Cabral complicou a vida de Dias Toffoli, afirmando que o juiz do STF recebeu cerca de 4 milhões de reais para decidir ações a favor de aliados de Cabral. Numa delas, em 2015 o prefeito Antônio Francisco Neto (DEM), de Volta Redonda, escapou de ter seu mandato cassado por um placar de 4 a 3 no TSE. Toffoli a princípio votou a favor, mas na nova votação ocasionada pelo recurso protocolado pelo prefeito, Toffoli mudou de voto e o prefeito acabou sendo salvo.
E segundo a Polícia Federal, e-mails e a agenda de compromissos de Sérgio Cabral corroboram a sua delação. Na época, o ex-governador de fato se encontrou com os supostos envolvidos na negociação. Outros documentos, como mensagens e anotações de Cabral, também estão sob o poder da PF. Segundo a Folha de SP: ”Os documentos mostram, na opinião da polícia, indícios da relação de Cabral e seu grupo com José Luiz Solheiro, que seria o intermediário de Toffoli e de sua mulher, a advogada Roberta Rangel”.
Após o próprio Toffoli arquivar várias delações de Cabral enquanto ainda era presidente do Supremo, agora os juízes estão votando se esta delação de Cabral permanece de pé ou não. Fachin e Barroso votaram a favor, Gilmar e Kassio Nunes (que decepção, Kassio!) contra. No entanto, é hora de um pedido de impeachment contra Toffoli também ser protocolado no Senado, como fizeram com Alexandre de Moraes. A depender do desenrolar das investigações (caso a delação de Cabral sobreviva, de alguma forma), haverão sólidos argumentos para o impeachment do ex-advogado do PT.
(Por:News Atual)
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