sábado, 26 de junho de 2021

Conta de luz vai continuar na bandeira vermelha patamar 2 em julho. Tarifa deve subir ainda mais com o reajuste das bandeiras tarifárias que deve ser determinado na próxima semana pela Aneel

PATAMAR 2Conta de luz, tomada, energia elétrica

 Conta de luz, tomada, energia elétrica

Pelo segundo mês consecuttivo, a conta de luz deve causar um impacto adicional ao já combalido orçamento das famílias. A Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ) anunciou nesta sexta-feira que a bandeira tarifária vai continuar em julho na cor vermelha patamar 2, a taxa extra mais cara, com uma cobrança de R$ 6,24 a mais a cada 100 quilowatts/hora consumidos.

Hoje, são cobrados R$ 1,34 a cada cem quilowatts-hora (kWh) consumidos na bandeira amarela; R$ 4,16 na bandeira vermelha 1 .

Na bandeira verde não há cobrança adicional. Pelos cálculos conduzidos pela Aneel, o novo valor da bandeira vermelha 2 deve ser de cerca de R$ 10.

No dia 29 de junho, a diretoria da Aneel se reunirá para definir o valor. Segundo o diretor-geral da agência, André Pepitone, a bandeira vermelha 2 terá reajuste superior a 20%, ultrapassando R$ 7,50.

Em junho, a bandeira tarifária já vigorou no patamar mais alto da bandeira vermelha. A decisão foi tomada em meio a um cenário de baixo nível de reservatórios das hidrelétricas .

"Julho inicia-se com mesma perspectiva hidrológica desfavorável, com os principais reservatórios do SIN [Sistema Interligado Nacional] em níveis consideravelmente baixos para essa época do ano, o que sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e elevada necessidade de acionamento das termelétricas ", explicou a Aneel em nota.

A escassez de chuvas já levou a uma alta no custo de energia , devido ao acionamento das térmicas. Agora o governo busca medidas para evitar o racionamento de eletricidade , como a possibilidade de restringir navegação em hidrovias para para garantir que não faltará eletricidade no país.

Veja como economizar na conta de luz

1) Substitua o ar-condicionado pelo ventilador

Em dias não muito quentes, opte pela utilização do ventilador. O uso do aparelho pode garantir uma economia de até 80% nos gastos com energia elétrica.

2) Uso eficiente da máquina de lavar

Outra dica é utilizar a máquina de lavar somente quando acumular a quantidade de roupas próxima do limite máximo ou, se precisar, selecionar os modos com menor consumo de água. Retirar a roupa da máquina logo após a lavagem também reduz o tempo de utilização do ferro de passar. Por fim, vale utilizar o varal em vez da máquina de secar para reduzir custos.

3) Atenção aos computadores e eletrônicos

Em tempos de pandemia, onde o uso de equipamentos eletrônicos esta mais intenso, a dica é evitar deixar aparelhos conectados à tomada quando não estiverem sendo usados. Configure o equipamento para desligar o monitor ou “modo hibernar”. Com o celular, a dica é deixá-lo carregando somente o período necessário em vez de dormir com o aparelho conectado a noite inteira.

4) Sistema fotovoltaico

Instalar painéis solares em casa pode gerar uma economia de até 95% na conta de luz. O custo de instalação desses painéis, porém,, ainda é alto. Em media, custa entre R$ 15 mil a R$ 20 mil por mês para atender a uma família de quatro pessoas, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar).

Impacto na inflação

Diante do novo acréscimo, economistas agora têm ajustado para cima suas expectativas para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) no ano. Segundo o último Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, analistas do mercado já apontavam para IPCA em 2021 acima do teto da meta (5,25%), com 5,4%.

André Braz, coordenador do índice de preços da FGV, projeta que o cenário inflacionário pode piorar no segundo semestre diante do agravamento das condições hidrícas:

"Acho que vamos ter uma inflação de 5,8%, muito mais próxima de 6% e muito distante da meta de 3,75%. Até mesmo a projeção de 5,8% pode ser revista por conta do impacto da energia, entendendo se isso é transitório ou se isso aumenta ao longo do ano e se pode transbordar para 2022", disse.

O risco de aumento da inflação pode ainda trazer reflexos para o ano que vem, caso o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central entenda ser necessário elevar juros, além do já previsto, para conter a inflação mais alta.

 

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