ELEIÇÕES 2022
Com uma das maiores fatias do fundo eleitoral e rompido com o
presidente Jair Bolsonaro, o PSL acertou a filiação do apresentador da
TV Band José Luiz Datena e estuda lançá-lo na disputa pelo Palácio do
Planalto nas eleições 2022, como outra opção entre os nomes da chamada
"terceira via", ou ao Senado. A filiação será formalizada nesta semana.
Ainda
rachado e abrigando nomes fiéis ao presidente, como os deputados
Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli, o diretório estadual do PSL em São
Paulo dá continuidade às mudanças que miram as próximas eleições. Uma
das estratégias é trazer nomes "grandes" para a sigla.
"A vinda
do Datena acontece em um momento em que o país precisa de esperança. O
Brasil não pode ficar refém de dois nomes. O PSL acredita num novo
caminho para o nosso país e está unindo todas as forças na construção
dessa terceira via", diz o presidente estadual do PSL em São Paulo, o
deputado federal Júnior Bozzella.
Recentemente, o partido se
abriu ao Movimento Brasil Livre (MBL) com a filiação do vereador
paulistano Rubinho Nunes. Ele é advogado do grupo de onde ascenderam
nomes que hoje estão no Legislativo, como o deputado estadual Arthur do
Val (Patriota/SP), o deputado federal Kim Kataguiri (DEM/SP) e o
vereador de São Paulo Fernando Holiday (Novo).
Arthur do Val já é
aguardado no PSL. A filiação dele está sendo negociada por Rubinho.
Arthur é visto como um possível candidato ao governo de São Paulo pela
sigla. Em 2020, ele foi o quinto colocado na disputa pela Prefeitura da
capital. A Coluna do Estadão informou que o ex-governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin (PSDB), também interessa ao PSL como possível candidato a
governador.
Por terem as maiores bancadas, PSL e PT terão as
maiores quantidades do fundo eleitoral calculado para o ano que vem. Em
2020, o PT levou R$ 201 milhões enquanto o partido que foi de "nanico" a
potência em 2018 por causa de Bolsonaro recebeu R$ 199 milhões.
O PSL é o sexto partido a abrigar José Luiz Datena. Ele já passou pelo PT, onde ficou por 13 anos, PP, PRP, DEM e mais recentemente MDB. Chegou a ser pré-candidato a prefeito e vice-prefeito de São Paulo por seus três últimos partidos. Em 2018, declinou de concorrer ao Senado.
Em 2020, ele foi cotado para ser vice na chapa de Bruno Covas (PSDB), mas anunciou em agosto em seu programa na televisão que não seria candidato. Ele disse que o MDB chegou a oferecer a cabeça de chapa para a disputa à Prefeitura, mas que ele gostaria de ter ajudado Covas. Naquele dia, ele afirmou que pretendia ser candidato nas eleições de 2022. “Na próxima eleição, eu vou deixar a televisão e vou me candidatar”, declarou. “Eu vou estar frente a frente com esses caras. Só no campo deles você pode fazer alguma coisa.”
(Por:Estadão Conteúdo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário