quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Deputado Tomba Farias defende prática da vaquejada no Nordeste‏. Parlamentar sugere envio de documento ao STF demonstrando relevância social e cultural da atividade para a região

CULTURA
 
Foto: Divulgação
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O deputado Tomba Farias (PSB) fez pronunciamento na sessão plenária desta terça-feira (25) em defesa da prática das vaquejadas no Nordeste, atividade que tem a sua realização ameaçada por meio de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ajuizada no Supremo Tribunal Federal (STF), alegando maus tratos aos animais. O parlamentar solicitou o apoio da Casa na defesa da atividade.

“Faço um apelo aos colegas para enviarmos ao Ministro Luís Roberto Barroso, que pediu vista ao processo, um documento fundamentando a importância social e cultural da atividade no Nordeste”, disse Tomba.

De acordo com o deputado, a vaquejada movimenta anualmente cerca de R$ 5 milhões em premiações no Rio Grande do Norte. “Além disso, os leilões fazem circular aproximadamente R$ 15 milhões na comercialização de cavalos para a atividade”, afirma. Para ele, o fim das vaquejadas traria um reflexo negativo para a economia do Estado.

“A vaquejada não é uma prática que expressa apenas a tradição do povo nordestino. É uma atividade de geração de emprego e renda que contempla inúmeras especialidades profissionais e estimula muitos setores econômicos”, diz Tomba.

O parlamentar também negou que a atividade cause maus tratos aos animais. Segundo ele, a atividade é regida por normas da Associação Brasileira de Vaquejada (ABQAV) que vedam abusos aos animais. “É preciso ressaltar que ninguém está defendendo a tortura de animais. A prática atual não aceita qualquer tipo de abuso aos mesmos”, concluiu o deputado.

Em aparte, o deputado Kelps Lima (SDD) sugeriu a formação de uma comissão com representantes da atividade e da Assembleia Legislativa para realizar uma visita aos ministros do STF. “Precisamos de uma ação articulada para demonstrarmos, pessoalmente, a importância cultural e social da vaquejada”, propôs o parlamentar.

George Soares (PR) também declarou apoio ao tema. “Sou defensor da prática e propositor da Lei do Vaqueiro no RN. O STF precisa compreender a importância da vaquejada para o fomento da economia e manutenção da cultura nordestina”, declarou.

O deputado Gustavo Fernandes (PMDB) lembrou que foi propositor do projeto que reconhece a Associação dos Vaqueiros Amadores do RN (ASSOVARN) como instituição de relevância social. Os deputados Hermano Morais (PMDB), Ricardo Motta (PROS), Dison Lisboa (PSD) e Carlos Augusto Maia (PTdoB) também se pronunciaram em favor da atividade.

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