sábado, 26 de setembro de 2015

Justiça bloqueia R$ 189 milhões em bens do atacante Neymar. O bloqueio é uma decisão preventiva, para que os acusados não sumam com os bens

BLOQUEIO
 
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A Justiça Federal bloqueou R$ 188,8 milhões das empresas do atacante Neymar. O jogador do Barcelona é acusado pela Procuradoria da Fazenda Nacional de sonegar impostos durante os anos de 2011 e 2013, principalmente com relação ao dinheiro recebido de sua transferência do Santos para o time espanhol.
O valor que a procuradoria alega ter sido sonegado no período é de R$ 63,6 milhões, mas atinge os R$ 188,8 milhões devido a multa que pretende ser aplicada. Na ação, o valor estimado dos bens do jogador é de R$ 244,2 milhões, que seria suficiente para o pagamento da dívida.

As infrações cometidas seriam a omissão de rendimentos do trabalho sem vínculo empregatício, relativos aos serviços de publicidade indevidamente da empresa Neymar Sport e Marketing, a omissão de rendimentos de fontes situadas no exterior, por serviços prestados da mesma empresa e a omissão de rendimentos no exterior de pagamentos feitos pelo Barcelona às empresas N & N Consultoria Esportiva e Empresarial e Neymar Sports e Marketing.

O bloqueio é uma decisão preventiva, para que os acusados não sumam com os bens. Neymar e seu estafe ainda não se pronunciaram sobre o assunto.

Na decisão, o desembargador Carlos Muta destaca que o jogador, único responsável pelos rendimentos que envolvem seu trabalho, declarou ao fim de 2013 ter bens e direitos no valor de R$ 19,6 milhões, o que seria apenas 8,05% do patrimônio do grupo, sem qualquer bem móvel ou imóvel registrado em seu nome.

A transação de Neymar do Santos para o Barcelona, em 2013, gerou polêmica com relação aos valores.

O Santos confirmou, na época, que recebeu 17 milhões de euros (cerca de R$ 75 milhões) por Neymar, mas teve direito somente a 9 milhões de euros (aproximadamente R$ 40 milhões), pois teve que repassar do montante 40% a DIS, braço esportivo do Grupo Sonda, e 5% a Teisa, grupo de investidores formados por conselheiros influentes no clube, que detinham porcentagem dos direitos econômicos do atleta.

Além dos 9 milhões de euros, o Santos embolsou mais 8 milhões de euros (aproximadamente R$ 23 milhões) na transação. Isso porque na venda do ex-astro santista ficou acordado que o clube espanhol pagou o valor para adquirir a preferência de compra de mais três atletas revelados nas categorias de base do alvinegro praiano -Gabigol, que segue no clube, e Victor Andrade e Giva, que já deixaram o alvinegro praiano.

A Justiça espanhola, que também investiga a transação, porém, afirma que o valor real da negociação, porém, foi de 40 milhões de euros (R$ 178 milhões).



Fonte: Folha de S.Paulo

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