A polícia de Londres investiga um ataque terrorista em frente ao Parlamento inglês na tarde desta quarta-feira (11h40 em Brasília). Um agressor, cuja identidade ainda não foi revelada, atropelou pedestres nos arredores da Câmara dos Comuns, desceu do veículo e invadiu o local armado com duas facas. Um policial foi esfaqueado e morreu horas depois, e as forças de segurança balearam e mataram o criminoso. De três a quatro tiros foram ouvidos e causaram pânico próximo à Casa dos Comuns.
Outras três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nos arredores da Ponte de Westminster. Uma das vítimas que morreu no local é uma mulher atingida por um ônibus durante a confusão. Entre os feridos estão estudantes universitários que saíam de uma visita ao Parlamento.
A polícia foi chamada para responder ao incidente às 14h40, no horário local, e enviou policiais armados. A sessão do Parlamento foi suspensa e os deputados foram mantidos dentro do prédio. A estação de metrô de Westminster também foi fechada.
O jornalista Quentin Letts relatou à rede BBC que viu um homem de roupas pretas “com algo na mão”, quando foi abordado por uma dupla de policiais. “Um deles caiu e podemos ver o homem movendo seu braço como se estivesse esfaqueando o oficial”, disse. O responsável pelo ataque teria corrido em direção à entrada do Parlamento, até ser interrompido pela polícia.
Cenas de caos foram relatadas por testemunhas que passavam pela região. Uma pedestre ferida foi retirada com vida do Rio Tâmisa. Não se sabe, porém, se os acidentes com veículos foram resultado do pânico ou fizeram parte do suposto atentado.
Theresa May
A primeira-ministra britânica Theresa May estava no Parlamento no momento do ataque, a cerca de 40 metros do local. Às quartas-feiras, ela participa de sabatina com os membros da Câmara dos Comuns. Testemunhas afirmam ter visto a premiê sendo levada do Parlamento após o atentado e, pouco depois, o governo britânico emitiu uma nota informando que ela estava em sua residência oficial, na Downing Street.
Na semana que vem, o governo de May deve acionar o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que dá início ao processo de saída do Reino Unido da União Europeia após o plebiscito que decidiu pelo Brexit, em junho do ano passado.
Mais tarde, a primeira-ministra condenou o ataque. Em declaração emitida em frente ao endereço 10 Downing Street, sede e residência oficial do chefe de governo, May descreveu o “assustador” ataque como “doente e depravado”.
Após presidir um comitê de emergência do governo para discutir o atentado, a premiê prestou homenagem às vítimas e seus familiares, e aos policiais e seguranças pela “excepcional bravura para arriscar suas vidas para nos manter seguros”.
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