O presidente Michel Temer rebateu nesta quarta-feira as declarações de sua antecessora Dilma Rousseff, que o chamou de “fraco e medroso” em entrevista concedida na semana passada ao jornal Valor Econômico. “Os que se dizem fortes destruíram o país”, afirmou o peemedebista, completando que “as pessoas confundem educação pessoal com eventual fraqueza”.
Temer conversou com o jornalista Roberto D’Ávila em entrevista que foi ao ar na noite desta quarta no canal Globonews. Além de rebater Dilma, o presidente falou sobre outros assuntos, como a Operação Carne Fraca e a “paternidade” da transposição do Rio São Francisco.
Sobre a Carne Fraca, Temer ressaltou que apenas 21 frigoríferos estão sob suspeita de um total de mais de 4 mil e destacou que o “espetáculo” da operação prejudicou o país, que viu as exportações de carne despencarem após embargos de nações compradoras. “Faz-se um espetáculo com esse episódio e cria-se um problema internacional”, lamentou. Apesar da crítica, o peemedebista disse que não vê razão para trocar o comando da Polícia Federal.
Lula
Questionado sobre o encontro com o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva em São Paulo, durante a internação da ex-primeira-dama Marisa Letícia, Temer afirmou que teve o cuidado de ligar para o médico Roberto Kalil Filho antes da visita, para saber se o petista poderia recebê-lo. “Ele disse que receberia com muito gosto.” O peemedebista defendeu que os ex-presidentes deveriam conversar mais e prometeu: “Chamarei os ex-presidentes para ajudar”.
Temer também chamou de “discussão inútil” a disputa pela “paternidade” da transposição do Rio São Francisco. Um dos trechos da obra, na Paraíba, foi inaugurado pelo peemedebista no início do mês e reinaugurado por Dilma e Lula dias depois. “O que importa é que a água chegou lá”, disse Temer. “O Lula fez o trabalho dele, sem dúvida nenhuma, como fez a ex-presidente Dilma.”
Outros temas
Na entrevista, Temer também defendeu a reforma da Previdência, afirmou que vai lutar contra sua cassação no TSE, disse que ainda não há nenhum encontro marcado com Donald Trump e repetiu que não apela para “atos populistas” ao justificar seu baixo índice de aprovação. Perguntado sobre a mudança-relâmpago do Palácio da Alvorada de volta para o Jabuti, o peemedebista reafirmou que ele e sua família estranharam muito a residência oficial do presidente. “Não deixo de acreditar em certas energias. Não me senti à vontade.”
(Veja.com.br)
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