Nesta quinta-feira, o Brasiliense voltou a estar no centro de um caso de polícia – um caso inusitado, diga-se. O jogador Willamis de Souza Silva, conhecido como Souza, foi preso enquanto se preparava para entrar em campo. O meia, que já atuou em times como o Paris Saint-Germain (PSG), Fluminense e São Paulo, estava escalado para a partida contra a equipe do Paracatu pelo Campeonato Candango.
O jogo estava marcado para as 16h, no estádio Abadião, em Ceilândia, a 30 quilômetros do centro de Brasília. Preso pela Polícia Federal, Souza não pôde entrar em campo. De acordo com o advogado do jogador, João Chiminazzo, os agentes da PF chegaram minutos antes da partida e anunciaram a ordem de prisão, expedida pela Justiça Federal de São Paulo, onde Souza responde a um processo por sonegação fiscal. A Justiça não conseguiu encontrar o meia para citá-lo e o Ministério Público pediu a sua prisão. O pedido foi atendido pelo juiz encarregado do caso. “Ele estava dentro do vestiário de um clube que está jogando desde novembro. Se a polícia foi até lá para cumprir o mandado de prisão, poderia ter ido cumprir o de citação”, afirmou o advogado.
A defesa de Souza já ingressou com um pedido de revogação da prisão. Na ação, apresentou contratos de trabalho e de locação onde o esportista vive e também o comprovante de matrícula da escola do filho de Souza.
O Jacaré, como é conhecido o time do Brasiliense, nunca foi derrotado pelo Paracatu, mas o jogo era considerado difícil – mesmo se Souza permanecesse em campo. Brasília é um local sem tradição de futebol e o jogo era uma das poucas diversões dos torcedores nesta quinta pós-Carnaval. Os ingressos custam 20 a inteira e 10 a meia.
(Marcela Mattos, Hugo Marques/Veja.com)
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